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Recolha e contagem de votos de eleitores na Europa arranca na terça-feira

Trata-se da última fase deste ato eleitoral e que deverá dar a conhecer os votos dos eleitores do círculo da Europa. O processo foi alvo de várias críticas.

O país vai a votos a 26 de setembro para escolher os próximos representantes do poder local.
Istockphoto
21 de Março de 2022 às 14:02
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A recolha e contagem de votos dos emigrantes na Europa, que repetem as legislativas de 30 de janeiro, decorre na terça-feira e na quarta-feira, em Lisboa, sendo esperada uma diminuição da participação deste eleitorado, segundo fonte oficial.

De acordo com fonte do executivo, o calendário eleitoral divulgado pela Comissão Nacional de Eleições mantém-se.

Trata-se da última fase deste ato eleitoral e que deverá dar a conhecer os votos dos eleitores do círculo da Europa, tanto os que foram realizados presencialmente nos dias 12 e 13 deste mês, como os por via postal, tendo para tal sido enviados 926 mil cartas para os portugueses recenseados em 36 países.

Presencialmente, votaram 152 dos 400 eleitores que estavam inscritos nesta modalidade de voto.

O voto por via postal foi alvo de várias críticas desde o início desta repetição eleitoral, com queixas de atrasos na receção dos boletins de voto, além de informações distintas sobre as datas-limite para a sua expedição.

No Parlamento, a ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, afirmou na quarta-feira que entre 72 e 99% dos emigrantes receberam os boletins de voto relativos à repetição das legislativas no círculo da Europa.

A ministra reconheceu, contudo, que o Governo estima que metade dos emigrantes que participaram na primeira votação para o círculo da Europa não volte a exercer o seu direito na repetição do ato eleitoral.

"Nas projeções que fazemos provavelmente isto andará pelos 50%. Vai haver seguramente bastante muito menos pessoas a votar no círculo da Europa", revelou Van Dunem.

Também a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse na sexta-feira, em Paris, que os emigrantes estavam a receber os boletins de voto, reconheceu problemas admitiu uma diminuição na votação.

"Pode acontecer que haja uma diminuição de votos. Temos estado a acompanhar dia a dia e a perspetiva é haver uma ligeira diminuição. Nesta eleição, os prazos foram encurtados e temos cerca de 10 dias a menos do que tivemos na eleição anterior, o que quer dizer que muitas pessoas poderão até enviar os votos e se chegarem depois de dia 23 não são contados", explicou Berta Nunes.

No mesmo dia, mas em Moçambique, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esperar divulgar a composição do novo Governo na quarta-feira e dar-lhe posse na tarde de 30 de março, já com ministros e secretários de Estado.

Na origem da repetição das eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro no círculo da Europa esteve a falta de uma cópia do documento de identificação em numerosos votos de emigrantes.

Mais de 157 mil votos dos eleitores do círculo da Europa, 80% do total, foram anulados após, durante a contagem, terem sido misturados votos válidos com votos inválidos, não acompanhados de cópia do documento de identificação, como exige a lei.

Chamado a pronunciar-se sobre a anulação desses votos, o Tribunal Constitucional (TC) declarou a nulidade das eleições nestas assembleias.

Após a decisão do TC, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) deliberou que a repetição da votação presencial no círculo da Europa terá lugar em 12 e 13 de março e os votos por via postal serão considerados se recebidos até dia 23.
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