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Rato e Malan apontados como potenciais presidentes do FMI
O ministro das finanças e vice-presidente do governo espanhol, Rodrigo Rato, e o antigo ministro brasileiro da Fazenda, Pedro Malan, são dois dos vários nomes avançados para a corrida ao lugar de presidência do FMI.
Gordon Brown é a única coincidência de nomes entre as edições de hoje do «Financial Times» e do «Economist» sobre a repentina «orfandade» do FMI, causada pela saída de Köhler, que segundo as regras da «casa» tinha de se demitir logo que assumisse outro compromisso profissional.
A publicação inglesa, na sua edição online, avança apenas aquele nome como potencial sucessor europeu. O «Economist» prefere assim explorar outras hipóteses em continentes diferentes, nomeadamente na América.
A publicação semanal de economia avança que para «muitos observadores, incluindo alguns pertencentes ao Fundo, é tempo de da regra não escrita ser reescrita», referindo-se à imposição de europeus à frente da instituição. «Para os mesmos», continua o texto, «poderia fazer sentido extrair o [futuro] patrão do FMI de um dos países mais pobres e necessitados de capital», que tanto dependem do trabalho do FMI. Neste sentido «porque não escolher alguém como Pedro Malan, por exemplo, um dos arquitectos da bem sucedida reforma monetária do Brasil?», pergunta o «Economist».
Pedro Malan foi ministro das Finanças do Brasil e actualmente é administrador não executivo da Portugal Telecom, em representação do Unibanco, onde detém funções executivas.
José António Ocampo, antigo ministro das Finanças da Colômbia, e um dos maiores críticos à actuação do Fundo, assim como Robert Rubin, antigo secretário norte-americano do tesouro, são outras duas hipóteses avançadas pelo «Economist».