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Rajoy atrasa início da cimeira luso-espanhola
A crise económica, o desemprego, as ligações energéticas e a cooperação transfronteiriça nas áreas da protecção civil e saúde estão na agenda do encontro bilateral.
"Nem bons ventos, nem bons casamentos"... nem cumprimento de horários. O primeiro-ministro espanhol chegou com quase meia hora de atraso a Vidago, no concelho de Chaves, onde esta quarta-feira, 4 de Junho, irá decorrer a XXVII cimeira entre os dois países.
De gravata azul, Pedro Passos Coelho deslocou-se à entrada de uma unidade hoteleira local para dar as boas-vindas ao homólogo espanhol, que optou por envergar o acessório de moda em tons vermelhos. Cinco ministros -incluindo o da Economia e dos Negócios Estrangeiros - e seis secretários de Estado alinharam-se também para acolher os homólogos espanhóis antes das reuniões sectoriais que ocupam toda a manhã.
Passos Coelho e Mariano Rajoy vão reunir a sós e farão uma declaração e conferência de imprensa conjunta, já depois de receberem as conclusões da cimeira económica que junta as confederações patronais dos dois países num hotel próximo.
A presença do Rajoy trouxe ao Norte de Portugal várias dezenas de jornalistas espanhóis, numa altura em que o governo conservador está a sofrer uma forte pressão popular - a que se juntaram nas últimas horas vários "barões" da oposição socialista - para alterar a Constituição e permitir a realização de um referendo à monarquia, depois de há dois dias Juan Carlos ter abdicado ao trono, em favor do filho Felipe.