Notícia
"Não ter uma grande empresa europeia interessada na EDP seria preocupante"
Passos Coelho diz que decisão sobre a venda de 21,35% da posição detida pelo Estado na EDP será tomada ainda antes do Natal. E que apesar de um interesse europeu ser importante, não se pode menosprezar "os outros tabuleiros".
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, declarou hoje que “não ter uma grande empresa europeia interessada no processo de privatização da EDP é que seria preocupante”. Em entrevista à SIC Notícias, quando questionado sobre o facto de a chanceler alemã, Angela Merkel, o ter abordado relativamente ao interesse da E.on, Passos Coelho sublinhou que “a decisão que será tomada no final deste processo, no conselho ministros ainda antes do Natal, vai-se basear no relatório técnico da Parpública e dos ‘advisers’ da operação”.
“O que nos interessa é o mérito das propostas”, declarou o primeiro-ministro. Sobre o facto de as restantes três interessadas serem duas empresas brasileiras e uma chinesa, sublinhou que isso, “infelizmente, diz algo sobre o momento que estamos a atravessar na Europa”.
Mas se bem que seja importante haver uma grande empresa europeia interessada na eléctrica portuguesa, Passos Coelho referiu também que “não podemos menosprezar os outros tabuleiros além do europeu”.
Relativamente à venda de activos europeus, o primeiro-ministro disse que a ideia não o repugna: se alguém não tem dinheiro para manter uma grande empresa e precisa de dinheiro, deve vender a quem pode dar esse dinheiro. Mas também deve ter o cuidado de “entregar a sua gestão a quem a saiba gerir”, ressalvou, considerando que isso trará um contágio positivo para a economia.
“É interessante que hoje outras empresas, que não europeias, possam trazer isso para a Europa. Não há razão para europa ficar falida, sem formas de conservar o que tem. Mas é importante que a Europa não desista desse mercado. Se vendermos activos para fora da Europa, precisamos que seja com condições para que a Europa possa crescer”, advertiu.
“O que nos interessa é o mérito das propostas”, declarou o primeiro-ministro. Sobre o facto de as restantes três interessadas serem duas empresas brasileiras e uma chinesa, sublinhou que isso, “infelizmente, diz algo sobre o momento que estamos a atravessar na Europa”.
Relativamente à venda de activos europeus, o primeiro-ministro disse que a ideia não o repugna: se alguém não tem dinheiro para manter uma grande empresa e precisa de dinheiro, deve vender a quem pode dar esse dinheiro. Mas também deve ter o cuidado de “entregar a sua gestão a quem a saiba gerir”, ressalvou, considerando que isso trará um contágio positivo para a economia.
“É interessante que hoje outras empresas, que não europeias, possam trazer isso para a Europa. Não há razão para europa ficar falida, sem formas de conservar o que tem. Mas é importante que a Europa não desista desse mercado. Se vendermos activos para fora da Europa, precisamos que seja com condições para que a Europa possa crescer”, advertiu.