Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Exportações têm de ultrapassar 40% do PIB brevemente"

Repto foi ontem lançado por António Souto, administrador do BES, na entrega dos Prémios Internacionalização

  • 6
  • ...
Exportar e internacionalizar é uma necessidade iminente para as empresas portuguesas, que vivem num mercado interno deprimido. Para o administrador do BES, António Souto, um dos anfitriões da entrega de prémios internacionalização e exportação organizados pelo Negócios em parceria com aquele banco, esse desígnio tem um valor definido que se transforma em meta: "As exportações portuguesas têm de ultrapassar os 40% do PIB brevemente".

Este foi um dos reptos lançados na 2.ª edição dos prémios, que tem também o apoio da Mckinsey e da Coface, e que durante Abril e Maio recebeu mais de cem candidaturas de empresas. Foram distinguidas seis empresas divididas por três galardões: o prémio revelação que foi atribuído à Critical Manufacturing, e à tecnológica Vision Box; já nas PME, a vencedora foi a empresa de fechaduras Marques SA, mas o júri constituído pelo presidente da Autoeuropa, António Melo Pires, o embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, e o economista Alberto Castro, decidiu ainda atribuir uma menção honrosa à construtora Cândido José Rodrigues.

Na categoria de grandes empresas, o primeiro prémio foi dado "ex aequo" à corticeira Amorim&Irmãos e à tecnológica TIMWE.

Durante a apresentação dos prémios, o administrador do BES, António Souto, fez ainda questão de frisar que apesar do crescimento das exportações e dos bons exemplos que os prémios mostram, há ainda um longo caminho a percorrer. "Grande parte do valor exportado concentra-se num pequeno grupo de empresas, e apenas um pequeno leque exporta", disse o banqueiro.

Souto enfatizou ainda que a aposta do BES se centra no grande mercado Atlântico (Portugal, Brasil e Angola), mas lamentou que as relações comerciais com Brasília sejam ainda incipientes. "Estamos longe de ter no Brasil um parceiro de relevo que muitos gostaríamos de ter".

Também o administrador da Cofina, Luís Santana, frisou que é neste "momento de grande turbulência que se joga o futuro". E que esta é a altura em que as empresas devem "ousar e criar".

Durante a cerimónia, houve ainda tempo para uma mesa redonda em que os convidados exprimiram os desejos económicos, e não só, para o futuro. O presidente da Cotesi, Violas e Sá, desejou que Portugal ganhe o Europeu de futebol e que isso contagie os portugueses, enquanto o embaixador brasileiro, Mário Vilalva, demonstrou a expectativa que o próximo ano traga em definitivo o acordo comercial entre a UE e a Mercosul.

Por fim, Alberto Castro quer que os líderes europeus tomem as decisões necessárias para ultrapassar a crise que, no seu entender, passa pela regulação do sistema financeiro e a criação de Eurobonds.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio