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"Estamos a viver como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição"

A World Wildlife Fund (WWF) realizou um "check-up planetário" e concluiu que o planeta está "doente". "O aumento da procura de recursos por uma população em crescimento está a exercer uma pressão insustentável sobre o nosso planeta."

"Estamos a viver como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição"
15 de Maio de 2012 às 00:01
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Esta é a principal conclusão do Relatório Planeta Vivo 2012 realizado pela WWF, em colaboração com a Sociedade Zoológica de Londres e a Global Footprint Network.

"O aumento da procura de recursos, consequência do crescimento da população está a colocar enormes pressões sobre a biodiversidade do nosso planeta e ameaça a segurança, saúde e bem-estar do nosso futuro", revela o relatório, divulgado hoje a partir da Estação Espacial Internacional, pelo astronauta André Kuipers.

"Só temos uma Terra. Daqui de cima eu posso ver a pegada da humanidade, incluindo os incêndios florestais, poluição do ar e erosão", disse André Kuipers, citado pelo comunicado da WWF.

Jim Leape, director-geral da WWF Internacional, sublinha que "estamos a viver como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição". "Estamos a usar 50% mais recursos do que a Terra pode produzir de forma sustentável. Se não mudarmos esse rumo, este número vai crescer rapidamente – em 2030 até dois planetas não serão suficientes", alerta Leape.

Jonathan Bailie, director do programa de conservação da Sociedade Zoológica de Londres, avisa, por seu lado, que "ignorar este diagnóstico terá implicações importantes para a humanidade. Podemos restaurar a saúde do planeta mas apenas através da resolução das caudas mais profundas, como o crescimento populacional e o excessivo consumo".

"Podemos criar um futuro próspero que ofereça comida, água e energia para os 9 ou talvez 10 mil milhões de pessoas que estarão a partilhar o planeta em 2050. As soluções centram-se em áreas como a redução de resíduos, gestão inteligente da água e utilização de fontes de energia renovável que sejam limpas e abundantes – como a eólica e a solar", defende Jim Leape.
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