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"É preciso tempo" para o Novas Oportunidades ter efeitos no emprego

A ministra da Educação garantiu hoje que a rede de centros Novas Oportunidades vai ser reforçada com mais 50 unidades, para responder à elevada procura, e alertou que é preciso "tempo" para que o programa de valorização escolar tenha efeitos no mercado de trabalho. Maria de Lurdes Rodrigues responde assim à primeira avaliação externa da iniciativa do Governo que aponta como principais problemas o elevado tempo de espera dos candidatos e os reduzidos impactos no emprego.

10 de Julho de 2009 às 09:13
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A ministra da Educação garantiu hoje que a rede de centros Novas Oportunidades vai ser reforçada com mais 50 unidades, para responder à elevada procura, e alertou que é preciso “tempo” para que o programa de valorização escolar tenha efeitos no mercado de trabalho. Maria de Lurdes Rodrigues responde assim à primeira avaliação externa da iniciativa do Governo que aponta como principais problemas o elevado tempo de espera dos candidatos e os reduzidos impactos no emprego.

O estudo elaborado pela Universidade Católica, que hoje será apresentado num seminário em Lisboa, alerta que há um desequilíbrio entre os ganhos pessoais e os ganhos laborais conseguidos pelos que fizeram a certificação das suas competências e obtiveram equivalência ao 9º e ao 12º anos de escolaridade. Na prática, mais de metade dos inquiridos pela equipa coordenada pelo ex-ministro da Educação, Roberto Carneiro lamenta que não tenha recebido qualquer valorização por parte dos empregadores, quer em termos salariais, quer em termos de responsabilidades e novos desafios.

Reagindo às conclusões, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, avançou à Lusa, sem precisar datas e locais, que vão ser criados "muito em breve" mais 50 centros Novas Oportunidades, no quadro de um novo concurso público já aberto e "tirando partido" da rede de escolas e centros de formação profissional existentes.

Maria de Lurdes Rodrigues entende ainda que "é preciso tempo" para que a certificação escolar concedida pelo Novas Oportunidades tenha "efeitos na empregabilidade, na competitividade". "Precisamos que o tecido empresarial também se adeque às novas qualificações", sustentou.

A responsável considera que é necessário melhorar a flexibilidade dos horários de trabalho, para facilitar o acesso das pessoas às acções de formação, e aumentar o universo de entidades empregadoras, para que trabalhadores possam frequentar o programa. Respondendo às críticas de facilitismo do Novas Oportunidades, a ministra assinalou que "o testemunho" dos beneficiários, dos técnicos e dos avaliadores externos "rejeita essa hipótese".

Quase 900 mil portugueses inscreveram-se no programa Novas Oportunidades desde 2006, registando-se uma média de 20 mil novas inscrições por mês.

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