Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"A Grécia não vai entrar em incumprimento"

Jean-Claude Trichet garantiu hoje, em Lisboa, que a Grécia "não vai entrar em incumprimento" e que esse cenário não está horizonte de nenhum decisor político. Na conferência de imprensa realizada em Lisboa, o presidente do BCE disse também que a autoridade monetária não discutiu a possibilidade de comprar dívida pública.

  • ...
Jean-Claude Trichet garantiu hoje, em Lisboa, que a Grécia "não vai entrar em incumprimento" e que esse cenário não está horizonte de nenhum decisor político. Na conferência de imprensa realizada em Lisboa, o presidente do BCE disse também que a autoridade monetária não discutiu a possibilidade de comprar dívida pública.

O presidente do BCE congratulou-se com as novas medidas de austeridade aprovadas pelo Governo grego, e disse acreditar que esse programa de ajustamento é "apropriado" para resolver os desequilíbrios das finanças públicas gregas e permitir ao país regressar a uma rota de crescimento.

Ainda assim, Trichet disse que é preciso que os Governos, em geral, "reforcem as medidas de consolidação orçamental".

Os Governos devem "agir decididamente" e reforçar as medidas de austeridade para garantir uma "consolidação duradoura e convincente".

"Não discutimos a possibilidade de o BCE comprar títulos do tesouro", acrescentou Trichet, quando questionado sobre esta matéria pelos jornalistas.

Os países da Zona Euro prometeram disponibilizar à Grécia, nos próximos três anos, um empréstimo de 80 mil milhões de euros, a que se acrescerão 30 mil milhões vindos do FMI, no que traduz a maior operação de auxílio financeiro jamais prometida a um Estado.

Em contrapartida, exigem à Grécia uma cura de austeridade sem precedentes, que passará por fortíssimos aumentos de impostos, cortes de salários e pensões e aumento da idade legal da reforma, para permitir travar a espiral de endividamento. O Estado helénico terá fechado as contas do ano passado com um défice orçamental de quase 14% e uma dívida pública superior a 110% do PIB.

Os mercados permanecem, no entanto, nervosos e continuam a castigar a dívida pública grega, mas também as dos países do Sul da Europa – em particular Portugal e Espanha – alimentando receios de que a crise helénica se espalhe a outros países do euro, ponde em risco o próprio projecto da união monetária.

A aprovação final do empréstimo à Grécia está na agenda da cimeira extraordinária entre os líderes dos países do euro, marcada para amanhã à tarde em Bruxelas. O encontro será precedido pela aprovação, possivelmente ainda hoje, das novas medidas de austeridade pelo parlamento grego.



Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio