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Quebra da atividade económica continuou a travar em outubro
Os indicadores coincidentes do banco de Portugal apontam para uma travagem da quebra da atividade económica e do consumo privado em outubro, pelo terceiro mês consecutivo. Ainda assim, não há registos de crescimento desde o quarto trimestre do ano passado.
A pandemia da covid-19 veio impor quebras acentuadas na atividade económica em Portugal que, desde maio, tem vindo a apresentar descidas homólogas de mais de 7%, segundo o indicador coincidente do Banco de Portugal para a atividade económica.
No mês de outubro, porém, a quebra diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, acompanhando a tendência de recuperação do consumo das famílias.
De acordo com os dados revelados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, o indicador coincidente para a atividade económica registou, no mês passado, uma descida homóloga de 6,7%, depois das quebras de 7,4% em setembro, 7,9% em agosto e 8,1% em julho.
"Em outubro, os indicadores coincidentes mensais para a atividade económica e para o consumo privado voltaram a aumentar face ao mês anterior", nota a instituição liderada por Mário Centeno.
Outubro foi assim o terceiro mês de abrandamento das quedas na atividade económica, mas o 13.º consecutivo de contração em termos homólogos. Este indicador não apresenta uma variação positiva desde setembro do ano passado (0,2%).
A par desta evolução, a travagem no consumo das famílias desacelerou em outubro pelo quarto mês consecutivo. O indicador coincidente para o consumo privado revela uma descida de 4,9% face a outubro do ano passado, bem abaixo das quedas na ordem dos 7% nos meses anteriores.
À semelhança da atividade económica, o consumo privado não cresce, em termos homólogos, há um ano, desde novembro do ano passado.