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Quase metade do país em seca severa ou extrema

Em janeiro o país entrou na sua totalidade em situação de seca meteorológica, indicam os dados do IPMA. O primeiro mês de 2022 foi o 6º mais seco desde 1931 e o valor da temperatura máxima do ar foi o mais alto dos últimos 90 anos.

04 de Fevereiro de 2022 às 16:34
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No mês de janeiro o país assistiu a "um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade e no final do mês todo o território de Portugal continental se encontrava em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema. 


Os dados foram divulgados esta sexta-feira à tarde em comunicado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), de acordo com o qual "o índice de percentagem de água no solo (SMI) apresenta uma diminuição significativa em relação ao final de dezembro em todo o território". O IPMA salienta os valores inferiores a 20% registados na região Nordeste e na região Sul e sublinha que "em muitos locais dessas regiões já se atingiu o ponto de emurchecimento permanente".


Quente e muito seco, janeiro registou temperaturas médias do ar na ordem dos 9.65º C, superior em 0.84º C aos valores normais (tendo em conta o período de 1970 a 2000). Foi, assim, o 5º janeiro mais quente desde 2000. 


Olhando para as temperaturas máximas do ar, estas atingiram um valor médio de 15.29º C, o mais alto dos últimos 90 anos, segundo o IPMA. Foram, na prática, mais 2,20ºC do que a média normal para o período entre 1970 e 2000. 


"O mês foi caracterizado por valores diários de temperatura máxima do ar quase sempre superiores ao valor médio mensal, sendo de salientar os períodos de 1 a 3 e de 27 a 31 de janeiro, com desvios superiores a 4°C", referem os especialistas do IPMA. 


"Foram ultrapassados ou igualados os valores extremos da temperatura máxima do ar para o mês de janeiro em cerca de 15 % das estações meteorológicas". 


Já a temperatura mínima, "também começou com valores muito acima da média, mas a partir de dia 13 os valores diários estiveram quase sempre inferiores, destacando-se o período consecutivo de 10 dias, 17 a 26 de janeiro", prossegue o IPMA no seu comunicado.


No que toca à precipitação, os dados são igualmente preocupantes: janeiro de 2022 foi o 6º mais seco desde 1931 e o 2º mais seco desde 2000. O valor médio da quantidade de precipitação, 13,9 mm, foi muito inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a apenas 12%. Por outro lado, em cerca de 75% do território os valores da quantidade de precipitação neste mês foram inferiores a 10 mm.

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