“A carta foi enviada ao Comité Nobel a 16 de Setembro e recebida por este a 20 de Setembro", disse a jornalistas o presidente da academia, Gueorgui Trapeznikov, citado pela rádio Voz da Rússia. “Nós sabemos muito bem a importância do papel pacificador que foi desempenhado em regiões críticas, muito especialmente em Beslan, Ossétia do Sul, pelo nosso presidente”, adiantou Trapeznikov.

A candidatura foi entregue por um grupo de activistas e políticos russos que admitiram não ter consultado o Kremlim sobre esta decisão, de acordo com a imprensa internacional.

“Desconheço quem indicou o presidente e se essa pessoa dispõe das necessárias faculdades para isso”, disse Dmitri Peskov, porta-voz de Putin, em entrevista para o jornal Izvestia, citado pela agência EFE.

“Putin não é partidário de receber condecorações ou prémios. É partidário de encontrar satisfação em conseguir resultados com seu trabalho”, afirmou Peskov. “Putin fez muito, toda a parte russa fez muito, dedicando gigantescos esforços e mostrando uma mestria diplomática fora do comum para proteger a região (do Oriente Médio) e todo o mundo do surgimento de um novo conflito armado”, acrescentou.

Em causa está o papel desempenhado por Putin na tentativa de resolução do impasse em torno da Síria, depois do Governo sírio ter sido acusado de ter provocado a morte a milhares de pessoas através de um ataque com gás sarin.

Foi após a intervenção de Putin que Barack Obama, prémio Nobel da Paz em 2009, travou a intervenção militar que estava a ser preparada.