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Público: Amorim pagou 3,7 milhões para evitar acusação de fraude fiscal

Duas empresas do grupo Amorim integram a lista das 51 sociedades que utilizaram esquemas de fuga ao Fisco oferecidos pela ESGER, empresa do universo Espírito Santo, segundo o Público.

As entidades controladas por Américo Amorim conseguirão dividendos superiores a 120 milhões de euros devido às posições no capital da Galp e na Corticeira Amorim. O empresário detém 55% da Amorim Energia, entidade que tem uma participação de 38,34% na petrolífera.
22 de Outubro de 2015 às 10:09
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A Amorim Negócios Internacionais e a Amorim Imobiliária fazem parte da lista das 51 empresas apanhadas em esquemas de fraude ao Fisco oferecidos pela ESGER, empresa com ligações directas ao universo Espírito Santo, segundo a edição desta quinta-feira, 22 de Outubro, do Público.

Os nomes destas duas empresas do Grupo Amorim integram a acusação do Ministério Público no âmbito da Operação Furacão. Depois dos esquemas de fraude fiscal terem sido descobertos, 47 destas sociedades aceitaram pagar as dívidas em causa tendo evitado, desta forma, acusações formais.

No caso das empresas de Américo Amorim, foram desembolsados 3,7 milhões de euros para suspender e arquivar o processo, segundo o Público. A Amorim Negócios Internacionais avançou com 3,2 milhões de euros e a Amorim Imobiliária, que entretanto mudou de donos e de nome para Chamartin Imobiliária, 476 mil euros.

O grupo textos Editores, a SPAL, a Porto Editora e Joe Berardo são outros dos nomes que integram a lista das 51 sociedades que acusadas de utilizar esquemas de fuga ao fisco oferecidos pela ESGER.

No total, A acusação do Ministério Público imputa à ESGER a promoção de fraudes fiscais que lesaram os cofres do Estado em mais de 16 milhões de euros entre 2000 e 2008.

A ESGER tinha como principal accionista o BES, o qual tinha uma fatia de 81,8% de capital, o BIC 16,66% e Ricardo Salgado, José Manel Espírito Santo e Mário Mosqueira do Amaral tinham, cada um, 0,067%.

Como nenhum destes responsáveis chegou a administrar a empresa, a acusação virou os holofotes para João Graça, António Holstein, António Cafum Ramos, e Jorge Eduardo Palitos, administradores apontados como os  promotores dos esquemas de fraude fiscal.

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