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PS deixa aviso à esquerda: "Tem de haver espírito de convergência"

Deputado João Paulo Correia realça que OE2022 não entrou no Parlamento "com porta fechada" e que há "margem para negociação" que deve ser "aproveitada". Face às reticências do Bloco em aprovar o OE na generalidade, diz: "Temos de valorizar os pontos que nos aproximam".

Miguel Baltazar
12 de Outubro de 2021 às 14:07
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O Partido Socialista (PS) apelou esta terça-feira ao "espírito de convergência" dos partidos à esquerda para que a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) seja aprovada na generalidade. O vice-presidente da bancada do PS João Paulo Correia lembrou que as negociações ainda não estão fechadas e apelou a entendimentos.

"Tem que haver um espírito de convergência. Acreditamos que haverá essa disponibilidade do lado dos nossos habituais parceiros parlamentares", referiu João Paulo Correia, no Parlamento, quando questionado sobre questionado sobre as reticências do Bloco de Esquerda (BE) em viabilizar o OE2022 na generalidade.

João Paulo Correia garantiu que "houve sempre margem entre a generalidade e a especialidade para negociação" e que desta vez não será diferente, mas salientou que é preciso "haver convergências de agendas" com os partidos com quem o Governo tem negociado (BE, PCP, PEV e PAN). "Temos de valorizar os pontos que nos aproximam", disse.

"Este Orçamento foi construído pelo Governo, ouvidos os habituais parceiros parlamentares. Acreditamos que o BE não está contra todas as medidas. Muitas delas sabemos que fazem parte da agenda do BE e de outros partidos que viabilizam o Orçamento do Estado" no ano passado, argumentou o deputado do PS.

Sobre as negociações com o BE, João Paulo Correia adiantou que "todos os temas que o BE tem colocado nos últimos dias têm tido avanços" e que o OE2022 dá passos para avançar com a dedicação plena, que estava prevista da Lei de Bases da Saúde e que tem sido uma reivindicação da esquerda, em particular do BE.

O parlamentar socialista realçou que o orçamento não entrou no Parlamento "com uma porta fechada" e que a "margem para negociação" existente deve ser "aproveitada". "Mas essa não pode ser só responsabilidade do PS e do Governo. Tem também de ser dos habituais parceiros parlamentares, porque as negociações nascem de convergências", instou.

"Este orçamento nem pode ser o programa eleitoral de um habitual parceiro parlamentar, mas que também não é a 100% o programa eleitoral do PS. É um Orçamento do programa eleitoral do PS, com as devidas convergências com os nossos parceiros parlamentares", disse ainda.

João Paulo Correia sublinhou que a proposta orçamental "dá um novo impulso ao país", com foco no reforço do investimento, dos serviços públicos, do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos apoios aos jovens e à classe média. O alívio fiscal no IRS, a atualização das pensões e o aumento "substancial" do abono de família são, segundo o deputado do PS, algumas das grandes medidas que constam neste orçamento.
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