Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

PRR: Rio aponta "desequilíbrio excessivo" no plano para setor público

O presidente do PSD apontou hoje um "desequilíbrio excessivo" no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) a favor do setor público, considerando que seria "muito mais produtivo e mais virado para o futuro" se investisse mais no setor privado.

02 de Março de 2021 às 18:53
  • ...
No final de uma reunião com o Fórum para a Competitividade, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Rui Rio disse partilhar das preocupações da estrutura dirigida por Pedro Ferraz da Costa sobre o plano do Governo para aplicar os futuros fundos europeus.

"Há no programa do Governo uma preocupação em aplicar mais de dois terços na administração pública e no setor público, e nós temos a ideia de que era muito mais produtivo e mais virado para o futuro se se privilegiasse o setor privado", afirmou Rio, ladeado pelo presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), Joaquim Sarmento, pelo membro deste organismo Rui Vinhas da Costa e pelo 'vice' da bancada Afonso Oliveira.

Rio reiterou, como o PSD tem defendido, que "são as empresas e a economia que podem criar riqueza" e permitir aos portugueses terem "melhores empregos e melhores salários.

"O setor público tem muitas, muitas, muitas deficiências, se quisermos gastar o dinheiro todo lá não faltará onde. Mas, olhando para o futuro, devemos privilegiar o investimento nas empresas", disse.

Para Rio, "é impossível ter um setor público rico num país pobre".

"Vamos tratar que o país fique rico para que o setor público também fique rico. Não quer dizer que não se reformem partes do setor público, como a justiça", disse, apontando um "desequilíbrio excessivo" a favor do público no PRR.

No final da reunião de cerca de hora e meia, Pedro Ferraz da Costa reiterou as críticas que o Fórum já fez publicamente ao PRR e deixou também um reparo ao Governo, que colocou o documento à discussão pública esta semana.

"Há uma convicção de que o Governo está muito pouco interessado nestes contributos. Os partidos, os parceiros sociais têm feito propostas que depois não veem refletidas no documento. A justificação é que isto é tudo muito urgente, às vezes mais vale gastar algum tempo a pensar", defendeu.

O Plano de Recuperação e Resiliência, que Portugal apresentou para aceder às verbas comunitárias para fazer face às consequências da pandemia de covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, do clima e digitalização, correspondentes a um total de 13,9 mil milhões de euros de subvenções.

Depois de um primeiro esboço apresentado à Comissão Europeia em outubro passado, e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou a versão preliminar e resumida deste plano em consulta pública, no início da semana passada.

Segundo o executivo, foram definidas três "dimensões estruturantes" de aposta - resiliência, transição climática e transição digital -, às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros de subvenções a fundo perdido das verbas europeias.

No documento, estão também previstos 2,7 mil milhões de euros através de empréstimos.
Ver comentários
Saber mais PRR PSD Competitividade Rui Rio Pedro Ferraz da Costa
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio