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Indústria pede mais 700 milhões do PRR para as empresas e aumento dos apoios de 29% para 33%
A Associação Industrial Portuguesa sugere ao Governo o reforço em 700 milhões de euros das verbas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência para as empresas e defende que os apoios destinados ao tecido empresarial passem dos 29% previstos no plano para 33%.
Mais 700 milhões de euros para as empresas e um reforço do peso que os apoios ao tecido empresarial representam no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). É esta a principal proposta feita pela Associação Industrial Portuguesa nos contributos enviados ao Governo durante a fase de consulta pública ao plano que esteve em vigor até à passada segunda-feira.
Segundo o documento enviado às redações, a AIP defende que a rubrica de investimento e inovação nos apoios previstos para as empresas deve ser reforçado em 700 milhões de euros, o que elevaria o peso total do dinheiro atribuído ao tecido empresarial previsto no PRR de 29% para 33%. De acordo com a AIP, o PRR submetido pelo Executivo a discussão pública contempla 29% dos apoios para as empresas e 71% para despesas relacionadas com o Estado.
"O reforço de 700 milhões nas prioridades da mudança estrutural da economia portuguesa e do tecido empresarial, que no entender da AIP são a capitalização, redimensionamento empresarial, inovação e reforço da capacidade exportadora, é uma das sugestões da AIP a alterar no PRR", lê-se no relatório remetido ao Governo pela entidade liderada por José Eduardo Carvalho.
Assim, a AIP entende existirem dois caminhos para aumentar a atenção dada às empresas: reforçar o investimento no PRR ou, em alternativa, manter o plano como está reforçando "de forma muito significativa os incentivos às empresas nos investimentos previstos na reprogramação do PT 2020 e do quadro financeiro plurianual 2021-27.
No que concerne ao apoio às exportações, a AIP defende ainda que a prioridade na construção de infraestruturas deve "centrar-se no contributo para potenciar exportações, concentrado-se nos setores ferroviário e marítimo/portuário e não no rodoviário como consagrado no PRR".
É também sugerido que a prioridade ao nível da mobilidade deve ser dada aos transporte de mercadorias e não ao de passageiros.