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Projectos de energia renováveis são «resposta clara da iniciativa privada»

O número de propostas apresentadas para projectos de energias renováveis excedeu as expectativas do Governo e «são uma resposta clara da iniciativa privada», disse ao Negocios.pt Oliveira Fernandes, secretário de Estado Adjunto da Economia.

22 de Janeiro de 2002 às 15:10
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O número de propostas apresentadas para projectos de energias renováveis excedeu as expectativas do Governo e «são uma resposta clara da iniciativa privada», disse hoje ao Negocios.pt Eduardo Oliveira Fernandes, secretário de Estado Adjunto do ministro da Economia.

À margem da apresentação da publicação «Energia Portugal 2001», que retracta o sector de energia eléctrica em Portugal na década de 90, Oliveira Fernandes lembrou que «todos os projectos apresentados não implicam um único tostão de dinheiro público».

A Direcção-Geral de Energia (DGE) recebeu, na primeira quinzena de Janeiro, cerca de 500 propostas para desenvolvimento de projectos relacionados com energias renováveis.

Este volume de pedidos de ligação à rede eléctrica representa uma intenção de investimento da ordem dos 10 mil milhões de euros», refere um comunicado veiculado ontem pelo Ministério da Economia.

Entre estes projectos encontram-se propostas da Electricidade de Portugal (EDP), conforme confirmou hoje Jorge Guimarães, vice-presidente da EDP [EDP] ao Negocios.pt, também presente no lançamento da referida publicação.

O Grupo Semapa [SEMA], o Grupo BPI [BPIN], a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Comercial Português [BCP] mostram-se interessados em apostar em projectos na área de energias renováveis.

Do total dos projectos postos em apreciação, mais de três quartos referem-se ao lançamento de parques eólicos.

A EDP pretende investir 180 milhões de euros na construção de seis sub-estações eólicas na zona das Beiras.

O Ministério da Economia vai prosseguir com «uma análise a essas propostas», para assegurar que «não há sobreposições de projectos ou empresas interessadas na exploração do mesmo recurso», para determinar quais destes projectos serão postos em prática, disse hoje Braga da Cruz, ministro da Economia.

A rede eléctrica nacional ficaria reforçada em mais de 7.000 (MW) de potência, caso todos estes projectos sejam aprovados.

No entanto, Eduardo Oliveira Fernandes alerta que a dimensão destes projectos «coloca problemas de natureza técnica e administrativa».

No entender da DGE, em 2010, a potência adicional criada pelas energias renováveis vai ascender a 4.000 MW.

O secretário de Estado Adjunto do ministro da Economia acredita que «mais de 50% dos projectos serão aprovados».

«Serão analisadas as compatibilidades entre os projectos, a capacidade das redes de recepcioná-los e a implicação de natureza ambiental», acrescentou Oliveira Fernandes.

Oliveira Fernandes acrescentou que todos os projectos apresentados «são um compromisso», visto que os interessados tiveram que fazer um «depósito de 400 euros por megawatt» que se propõem gerar, que não será devolvido».

Isto implica que, tendo em conta os 7.568 MW requeridos pelos privados, o Ministério da Economia encaixou 3,03 milhões de euros com esta medida.

Como energias alternativas, encontram-se a água, as ondas do mar e a co-geração que produz simultaneamente calor e electricidade.

As acções da EDP cotavam inalteradas nos 2,41 euros.

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