A produtividade dos trabalhadores norte-americanos entre Outubro e Dezembro de 2003 cresceu 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No total anual, a produtividade nos EUA aumentou 4,2%, um valor abaixo dos 4,9% registados em 2002.

Depois de um crescimento de 9,5% no terceiro trimestre, o índice da produtividade – que mede quanto é que cada trabalhador produz numa hora – nos EUA registou um crescimento de 2,7% no quarto trimestre, marca que fica acima das previsões dos analistas contactados pela Bloomberg, que esperavam um aumento de 2,5%.

Estes valores prendem-se com o facto de os trabalhadores terem passado a trabalhar mais horas e as empresas terem aumentado o número de funcionários para corresponder à procura.

“Estamos num ponto em que as empresas já não conseguem ter maneira de produzir mais com os trabalhadores de que dispõem”, disse à Bloomberg Russell Sheldon, economista da Nesbitt Burns.

O aumento da produtividade representou também uma redução nos encargos com trabalhadores, que caíram 1,3% no quarto trimestre em relação ao período homólogo de 2002.

Ao baixarem os custos do trabalho a inflação mantém-se também baixa, razão pela qual a Reserva Federal norte-americana (Fed) diz que esperará “pacientemente” pela altura para subir as taxas de juro.

O aumento da produtividade e a redução dos custos representam ainda uma oportunidade para as empresas aumentarem os lucros e diversificarem os investimentos, impulsionando o crescimento da economia.