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Produtividade elimina ameaça do petróleo ao crescimento
O presidente da Reserva Federal Alan Greenspan e a administração Bush consideram que o petróleo a 50 dólares (37,90 euros) por barril não constitui uma ameaça ao crescimento económico porque a maior economia do mundo tem vindo a produzir mais por barril.
O presidente da Reserva Federal Alan Greenspan e a administração Bush consideram que o petróleo a 50 dólares (37,90 euros) por barril não constitui uma ameaça ao crescimento económico porque a maior economia do mundo tem vindo a produzir mais por barril.
A subida dos preços do petróleo têm estado a ter apenas um efeito «modesto», afirmou Greenspan a 17 de Fevereiro quando discursou perante o Congresso.
O petróleo é «um impedimento menor» para o crescimento económico, defendeu, igualmente, o Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca num relatório de 11 de Fevereiro dirigido ao presidente George W. Bush.
«A sabedoria convencional é que o crescimento foi limitado no ano passado devido a preços elevados do petróleo, mas quando vou à procura de provas disso, não as consigo encontrar», afirmou o antigo Governador da Reserva Federal, Lyle Gramley, a 2 de Março.
«O consumo privado continua a crescer alegremente como se os preços do petróleo não subissem de todo», acrescentou Gramley, actualmente um consultor económico no Stanford Washington Research Group.
O preço do crude negociado em Nova Iorque valorizou 4,5% na semana passada para os 53,78 dólares (40,76 euros) por barril [cl1] e o Departamento de Energia está a prever que a gasolina vendida a retalho deverá superar o máximo registado em Maio passado de 2,06 dólares por galão nas estações de combustível.
Se, por um lado, os choques petrolíferos foram responsáveis por desencadearem quatro recessões nos EUA nas últimas três décadas, por outro, a economia dos EUA cresceu 3,8% em termos homólogos no quarto trimestre de 2004, mesmo com o crude a atingir o valor mais alto de sempre nos 55,17 dólares (41,82 euros) a 26 de Outubro passado.
«Surpreendentemente, a economia parece ser capaz de aguentar preços do crude por volta dos 50 dólares», afirmou à Bloomberg um especialista.
A redução da quantidade de petróleo usado para criar cada dólar de PIB é parte da razão. A eficiência energética dos EUA, medida pela comparação do crescimento económico com a energia que consome, subiu 3,4% no ano passado, o que traduz o maior aumento desde 1998, segundo dados do Departamento de Energia.
Segundo a mesma fonte, a eficiência vai continuar a aumentar em cerca de 1% ao ano até 2006.