Notícia
Produção industrial na Zona Euro cresce 0,6% em Junho (act.)
A produção industrial na Zona Euro aumentou 0,6% no mês Junho, contra a diminuição prevista pelos analistas, e representando o primeiro aumento em quatro meses, divulgou hoje o Eurostat.
As empresas e fábricas dos países que partilham a moeda única aumentaram a produção em 0,6% entre Maio e Junho, contra o decréscimo de 0,2% registado no mês anterior, e superando as estimativas dos analistas que apontavam para uma quebra de 0,2%.
A produção industrial na Zona Euro cresceu 1,4% face a igual período de 2000, com as empresas a fabricarem mais frigoríficos e máquinas industriais.
De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, a produção de bens duradouros cresceu 0,8% entre Maio e Junho, enquanto a de bens não duradouros aumentou 0,2%.
Na Alemanha, maior economia da Zona Euro, a produção aumentou 0,8% em Junho, enquanto em França e Itália a produção cresceu 0,3% 0,1%, respectivamente.
A produção na União Europeia, que engloba o Reino Unido, Suécia e Dinamarca, para além dos países da Zona Euro, aumentou 0,7% entre Maio e Junho e 0,9% face a igual período de 2000, de acordo com o Eurostat.
Segundo um analista citado pelas agências internacionais, «estamos a ver sinais mais positivos, como mais pedidos de informação sobre diversos produtos, por parte de potenciais clientes».
A produtividade e os lucros das empresas da Europa estão a ser afectados pelo abrandamento económico mundial, pelo que segundo a Comissão Europeia, a economia na União Europeia deverá crescer menos de 2,5% este ano, contra os 3,4% registados em 2000.
De acordo com um analista, «qualquer corte na taxa de juro terá um efeito positivo».
O Banco Central Europeu (BCE) cortou, no mês de Maio, a sua principal taxa de juro em 25 pontos base, colocando o custo do dinheiro nos 4,50%.
O objectivo do BCE para manter a taxa de inflação na Zona Euro abaixo dos 2%, o que não acontece há 14 meses, tem levado a autoridade monetária europeia a realizar mais corte. Contudo, entre Maio e Junho a taxa de inflação decresceu de 3,4% para os 2,8%, pelo que, segundo os analistas, o «BCE não deverá esperar muito mais para reduzir o custo do dinheiro».