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Procura do petróleo cresceu abaixo do esperado no primeiro trimestre

O consumo de petróleo a nível mundial durante os primeiros três meses do ano foi mais reduzido do que os analistas previam, anunciou a Agência Internacional de Energia. Ainda assim, a instituição reviu em alta a previsão da procura para o total de 2005.

11 de Maio de 2005 às 09:03
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O consumo de petróleo a nível mundial durante os primeiros três meses do ano foi mais reduzido do que os analistas previam, anunciou a Agência Internacional de Energia. Ainda assim, a instituição reviu em alta a previsão da procura para o total de 2005.

O alivio da procura por parte da China e dos Estados Unidos terá feito com que o consumo de petróleo no primeiro trimestre fosse abaixo do esperado, refere a Agência Internacional de Energia (AIE) no seu relatório mensal, mas esta quebra no consumo de chineses e norte-americanos é compensada por uma subida do consumo nos países do Médio Oriente e da antiga União Soviética.

Assim, a AIE subiu a estimativa de procura diária global de petróleo em 30 mil barris, cifrando-se agora nos 84,3 milhões de barris por dia. Do lado da oferta, a instituição diz que se registou um aumento da produção diária em 435 mil barris no último mês, para um total de 84,5 milhões/dia. Para esta subida contribuiu a produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que está a debitar 875 mil barris por dia a mais do que fazia há um ano atrás.

Apesar do abrandamento da procura e da subida da oferta, a AIE coloca algumas dúvidas em relação à evolução do mercado nos próximos meses e diz que «as relações que se estabeleciam entre ‘stocks’ e preços desfizeram-se». A instituição cita o exemplo do mercado norte-americano, onde as reservas estão nos valores mais elevados desde 1999, mas ainda assim as cotações persistem acima dos 50 dólares por barril e a valorizar.

«É a subida nos ‘stocks’ dos EUA que está a causar maior divergência de opiniões. Uns vêem a coexistência de reservas elevadas e preços altos como resultado de especulação, outros como um sinal de uma iminente queda das cotações. Nós vemo-lo como uma questão regional e cíclica.»

A AIE refere que apesar da subida das reservas, o nível de produção das refinarias está ainda abaixo do esperado, podendo o mercado ressentir-se caso haja alguma perturbação à produção. «Apesar do crescimento dos ‘stocks’ em Abril, o número total das reservas não parece suficiente para contrariar as limitações à produção e a esperada subida da procura», lê-se no relatório.

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