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Presidente da CIP: "Se sairmos deste sufoco financeiro e fiscal podemos ir além das metas nos salários"
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente da CIP defende uma redução generalizada do IRS, o alargamento do incentivo em IRC para as empresas que aumentem salários e ainda, no âmbito do novo pacto que está a negociar apenas com a UGT, a redução do IVA de todos os produtos alimentares para 6%.
O presidente da CIP reforça o compromisso com as metas que constam do acordo de rendimentos e competitividade para o próximo ano: o aumento do salário mínimo para 810 euros em janeiro e um referencial para os aumentos salariais de 4,8%.
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Armindo Monteiro, que tomou posse em abril, defende contudo que é possível ir além dessas metas se o Governo aceitar propostas de redução de impostos e se as empresas conseguirem reduzir custos.
"Se conseguirmos sair deste sufoco financeiro, fiscal, em que estamos, se conseguirmos reduzir os custos com a energia, os custos com as taxas de juro, é possível". "Mas é um se", acrescenta.
Ao longo da entrevista, o presidente da CIP defende uma redução transversal do IRS, em particular nos salários mais baixos, a simplificação e alargamento do benefício em IRC e ainda a redução do IVA de todos os produtos alimentares para a taxa reduzida de 6%.
Esta proposta sobre a redução do IVA de todos os produtos alimentares está a ser discutida apenas com a UGT no âmbito do pacto que o presidente da CIP prometeu em abril apresentar em 30 dias. Armindo Monteiro diz que ainda não falou com o Governo sobre esta proposta.
Inicialmente o presidente da CIP tinha anunciado que ia conversar com a duas centrais sindicais, mas explica agora que a CGTP se retirou das negociações "de forma cordial".
O referencial para os aumentos salariais (5,1% este ano, 4,8% no próximo) também condiciona o incentivo em IRC e a atualização dos escalões de IRS.
O "IVA Zero" está em vigor até outubro e aplica-se a uma série de produtos alimentares que o Governo considerou essenciais.