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Presidenciais: "Tino de Rans" é quem prevê gastar menos na campanha eleitoral

Vitorino Silva tem um orçamento para a campanha eleitoral para as Presidenciais de 24 de janeiro de 16 mil euros, longe dos 450 mil euros orçamentados pelo candidato comunista João Ferreira.

Pedro Catarino
26 de Dezembro de 2020 às 18:05
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O candidato presidencial Vitorino Silva, popularmente conhecido como "Tino de Rans", tem um orçamento previsto para a campanha oficial de 16 mil euros, longe dos 450 mil euros orçamentados pelo rosto comunista na corrida a Belém.

"O meu orçamento é de 16 mil euros, mas só 10 mil em dinheiro. Tudo o resto é em géneros porque vou usar o meu carrito, vou dormir em casa de amigos, nalgumas zonas do país, mas vai ser tudo apontado e contadinho, quilómetro a quilómetro, refeição a refeição", disse à agência Lusa o candidato.

As previsíveis sete candidaturas elegíveis para a Presidência da República têm até segunda-feira para entregar os respetivos orçamentos para a campanha oficial, entre 10 e 22 de janeiro, no Tribunal Constitucional (TC).

Até agora, faltando apenas conhecer os valores da candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias, a seguir a "Tino" segue-se o detentor do cargo Marcelo (25 mil euros), em termos de despesa prevista.

O dirigente da Iniciativa Liberal Tiago Mayan (40 mil euros), a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (50 mil euros), o deputado único e presidente do Chega, André Ventura (160 mil euros), e o eurodeputado e dirigente da cúpula do PCP, João Ferreira (450 mil euros), são os restantes candidatos ao sufrágio de 24 de janeiro cujos orçamentos são conhecidos.

Os juízes do Palácio Ratton receberam documentação de nove cidadãos com pretensões a candidatar-se a chefe de Estado, segundo fonte da secretaria-geral do TC, mas publicamente só os referidos sete entregaram pelo menos o mínimo exigido por lei de 7.500 assinaturas de cidadãos eleitores.

Tino de Rans e Marcelo debatem a 20 de janeiro

Vitorino Silva e o atual chefe de Estado e recandidato Marcelo Rebelo de Sousa vão ter um debate televisivo em 20 de janeiro, no Porto Canal.

Em declarações à agência Lusa, Vitorino Silva congratulou-se com a disponibilidade do Presidente da República para trocar ideias, apesar de as outras televisões lhe "terem fechado a porta".

"Esse debate está confirmado, mas também quero discutir com outros. Quem quiser debater com o 'Tino' pode fazê-lo no Porto Canal ou noutro sítio qualquer. Eu só entro em casas em que as pessoas me abram a porta. Não mando na SIC, TVI nem RTP e não vou pedir esmolas. Eles é que mandam na casa deles", disse o calceteiro, que se recandidata à Presidência da República depois de, em 2016, ter recebido 3,28% dos votos, num total de 152.094.

O presidente do RIR (Reagir, Incluir, Reciclar) referia-se ao critério adotado pelas televisões generalistas para a organização de debates presidenciais, segundo o qual só foram idealizados 15 confrontos entre os seis candidatos apoiados por partidos políticos com assento na Assembleia da República.

Na rede social Twitter, o diretor de informação do Porto Canal, Tiago Girão, já havia considerado "indispensável a realização de debates entre todos os candidatos a Presidente da República". "Iremos contactar todas as candidaturas e informar da disponibilidade do Porto Canal para receber os debates não agendados com Vitorino Silva", escreveu Tiago Girão.
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