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Preço da energia aumenta 20% no Reino Unido mas sem afetar consumidores

A partir de 1 de janeiro, o preço por unidade vai subir para 0,67 libras por quilowatt hora para a electricidade e 0,17 libras por quilowatt hora para o gás, acrescidos de taxas diárias fixas de 0,46 libras para a eletricidade e 0,28 libras para o gás.

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Peter Nicholls
24 de Novembro de 2022 às 10:42
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O preço da energia vai aumentar 20 por cento a partir de janeiro no Reino Unido, anunciou o regulador britânico Ofgem, embora os consumidores continuem a ser protegidos pelo pacote de apoio do Governo que reduz o custo para quase metade. 

O regulador Ofgem (Office of Gas and Electricity Markets), que é responsável por estabelecer o preço máximo da energia [price cap], indicou que, a partir de 1 de janeiro, o preço por unidade vai subir para 0,67 libras por quilowatt hora para a electricidade e 0,17 libras por quilowatt hora para o gás, acrescidos de taxas diárias fixas de 0,46 libras para a eletricidade e 0,28 libras para o gás.

Estes preços são válidos durante três meses, até ao final de março, e são definidos de acordo com o valor do gás natural nos mercados internacionais. 

De acordo com o organismo, a despesa média anual com a energia de um agregado familiar vai passar de 3.549 libras (4.115 euros no câmbio atual) atualmente para 4.279 libras (4.961 euros), uma diferença de 20,6%. 

Em janeiro de 2021, o preço máximo da energia no Reino Unido estava fixado em 1.277 libras (1.480 euros), tendo aumentado 235% em 12 meses, em grande parte devido ao impacto da guerra na Ucrânia. 

Em setembro, o Governo introduziu um pacote de "garantia do preço da energia" para conter os preços num valor médio de 2.500 libras (2.900 euros) até ao fim de março, o qual vai passar para 3.000 libras (3.478 euros) em abril. 

No entanto, apesar de os consumidores estarem protegidos do anúncio de hoje, o Governo terá de gastar mais para pagar pelo pacote de apoio, tendo estimado gastar cerca de 120.000 milhões de libras (140.000 milhões de euros) entre 2022 e 2023. 

Tendo em conta o peso desta medida nas contas públicas, o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, incitou na quarta-feira os britânicos a reduzir o consumo se quiserem evitar um aumento de impostos. 

"A longo prazo, vamos precisar que todos nos ajudem a resolver este problema se não vamos ter um enorme fardo adicional para os contribuintes, o que, em última análise, conduzirá ao tipo de impostos elevados que certamente não acredito que sejam desejáveis a longo prazo", avisou, durante um audição na comissão parlamentar das Finanças.

Hunt assumiu uma meta nacional de redução do consumo de energia em 15% como uma "missão nacional" e urgiu os britânicos a "mudar de comportamento". 
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