O presidente do Iraque, Saddam Hussein, e o seu exército «não fizeram quaisquer esforços para se desarmarem» em conformidade com a resolução 1441 das Nações Unidas, disse hoje o secretário de Estado norte-americano Colin Powell, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Colin Powell afirmou que as provas que os EUA têm contra o regime iraquiano «são preocupantes». O responsável reuniu um vasto leque de informações que incluem fotografias de satélite, gravações de telefonemas, entre outros.

«Eu acho que o Iraque está em violação continuada» da resolução 1441, das Nações Unidas, segundo a mesma fonte.

O Iraque «está, de facto, a produzir mais armas» de destruição maciça, referiu o mesmo responsável.

O mesmo responsável reforçou dizendo que «o Iraque não parece ter aceite genuinamente a ideia de desarmamento».

Durante a sua exposição, o secretário de Estado norte-americano apresentou conversas telefónicas que demonstram as acções continuadas do Iraque, a fim de produzir armas de destruição maciça e fotografias de satélite que mostravam camiões que são utilizados como fábricas móveis de armamento.

Os inspectores, desde Novembro até à data presente, tiveram dificuldade em entrevistar cientistas iraquianos, por forma a saber quais eram as actividades ao nível de armamento prosseguidas pelo país liderado por Saddam Hussein, uma vez que o Iraque ameaçou todos os que se insurgissem contra o regime.

«A lista (de armamento) que recebemos do Iraque era completamente desactualizada», disse Powell, reforçando que «houve uma acção deliberada para frustrar as acções da ONU».

O Iraque vai ser alvo «de consequências sérias», previstas pela resolução, afirmou o respondável sugerindo um ataque armado dos EUA.

Os mercados norte-americanos reagiam positivamente ao discurso de Powell. O Nasdaq subia 0,86% e o Dow Jones valorizava 0,46%.

O crude [CL1], em Nova Iorque, cotava no limiar dos 34 dólares por barril.