Notícia
Portugal ocupa o 19º lugar do “ranking” mundial da democracia
Portugal encaixa-se no ainda muito restrito grupo das 28 “democracias plenas” que hoje se podem encontrar à escala mundial, ocupando o 19º lugar de um “ranking” liderado pela Suécia. Está à frente de países como a França, o Reino Unido ou a Bélgica, mas
Portugal encaixa-se no ainda muito restrito grupo das 28 "democracias plenas" que hoje se podem encontrar à escala mundial, ocupando o 19º lugar de um "ranking" liderado pela Suécia. Está à frente de países como a França, o Reino Unido ou a Bélgica, mas atrás da Irlanda, da Espanha ou dos Estados Unidos.
Esta classificação resulta de um índice para "medir" a democracia no mundo elaborado pelo Economist Intelligence Unit (EIU), o departamento de investigação e análise económica associado à revista britânica "The Economist".
O estudo avaliou a situação política em 167 países, encaixando-os em quatro grandes categorias (democracias plenas, imperfeitas, regimes híbridos e autoritários), à luz de cinco indicadores: processo eleitoral e pluralismo; funcionamento dos governos; participação política: cultura política e liberdades cívicas.
Portugal recebe as melhores notas no processo eleitoral (9,58 em 10) e na protecção das liberdades (9,41), obtendo a pior classificação na participação política (6,11), em larga medida devido às elevadas taxas de abstenção que acompanham em norma os actos eleitorais.
Sem surpresa, a Suécia continua a ser o modelo mais perfeito de democracia (obtém nota máxima em quatro dos indicadores), ao passo que a Coreia do Norte ocupa o fim da tabela, como o mais autoritário dos regimes autoritários.
A lista das "democracias plenas" é fundamentalmente constituída por países europeus, mas há excepções – algumas óbvias (EUA, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Japão), outras nem tanto: dois países da América Latina, Costa Rica e Uruguai, e um africano, as Maurícias, integram igualmente esta lista. Fora deste "ranking", já no grupo das "democracias imperfeitas", encontram-se, no entanto, vários Estados – muitos novos mas também alguns fundadores – da União Europeia. Neste último caso, está Itália que recebe má nota quer na participação política quer no funcionamento do governo.