Portugal foi considerado o 24º país mais globalizado do mundo, à frente de países como Espanha, Itália e Japão, revela um estudo realizado pela consultora A.T.Kearney e a revista "Foreign Policy". A liderar o "ranking" ficou Singapura, que manteve o mesmo lugar de 2005, seguida pela Suiça e pelos Estados Unidos.

Portugal cai assim duas posições, face a 2005, no "ranking" dos países mais integrados internacionalmente. Segundo este estudo, Portugal alcançou o 24º lugar "graças à boa pontuação obtida nas categorias de integração económica e relações políticas internacionais".

Segundo João Rodrigues Pena, vice-presidente e director geral da A.T.Kearney em Portugal, Portugal tem registado "uma forte abertura ao exterior nos dois sentidos, grande propensão à inovação e crescente internacionalização empresarial".

O índice de globalização analisa a integração económica, humana, política e tecnológica internacional em 62 países, que representam 96% do produto interno bruto mundial e 85% da população do planeta. O estudo analisa doze variáveis agrupadas em quatro categorias: integração económica, relações interpessoais, tecnologia, e compromissos políticos.

Portugal obteve a melhor classificação na categoria "compromissos políticos" (3º lugar) e a pior na integração económica (29º lugar). Na categoria relações interpessoais ficou em 20º lugar e na tecnologia em 25º lugar.

Em termos globais, o estudo conclui que "o processo de globalização mundial tem prosseguido a um ritmo elevado apesar da crescente instabilidade política económica". Foram analisados aspectos como a integração de novos países na União Europeia, na NATO e na Organização Mundial do Comércio, o aumento dos ataques terroristas e as preocupações com a emigração ilegal".

O estudo revela ainda que o comércio internacional cresceu 10,3% e o investimento directo estrangeiro (IDE) 6%.

Singapura lidera pelo segundo ano consecutivo devido à elevada pontuação obtida nas categorias relativas aos compromissos políticos e relações interpessoais. Os Estados Unidos devem o terceiro lugar "graças à sua solidez no campo da tecnologia, apesar dos seus reduzidos contactos com o resto do mundo, sobretudo no âmbito de relações interpessoais e económicas".