O risco de pagamento aumentou, em Portugal, comparativamente com 2007. Embora o prazo médio de pagamentos tenha diminuindo ligeiramente, o valor dos incobráveis aumentou de 2,5% para 2,7% sobre o valor das vendas, avança a Intrum Justitia em comunicado.

Segundo a mesma fonte, o prazo de pagamento médio baixou em todos os segmentos, continuando, no entanto, entre os mais elevados da Europa.

A economia portuguesa continua lenta, continua a mesma fonte, sublinhando que está "a crescer à taxa mais baixa de toda a Europa".

"Apesar de um contínuo, embora ligeiro, sentido em 2005 (0.5%) para 2007 (1.9%), a queda a nível global pôs fim a este aumento e estima-se que a economia

irá sofrer uma quebra durante 2008 (1,7%)", explica a Intrum Justitia.

A mesma fonte sublinha mesmo que, em termos do PIB per capita, desde o ano 2000 que a República Checa, Grécia, Malta e Eslovénia ultrapassaram Portugal.

O PIB do país per capita, caiu de um pouco acima dos 80% da média dos 25 da União Europeia, em 1999, para ligeiramente acima dos 70% no ano passado. Estima-se que desça para 65% em 2008, revela o comunicado.

Segundo a Intrum Justitia, "existem inúmeros motivos para o fraco desempenho económico de Portugal, mas um factor chave tem sido a atractividade dos produtores de baixo custo na Europa Central e Ásia"

"O ligeiro movimento ascendente do ano passado deveu-se a um crescimento do investimento de 3,2%, bem como a um aumento do consumo privado", acrescenta.

De acordo com Luis Salvaterra, director-geral da Intrum Justitia Ibérica, "apesar de uma ligeira melhoria, Portugal continua com prazos médios de pagamentos muito superiores á média Europeia. O Estado tarda em média a pagar, o dobro de dias que os seus congéneres europeus. Esta situação tem efeitos dramáticos no desenvolvimento da economia, nomeadamente pondo em risco a sobrevivência das pequenas e médias empresas".

Estes são números do European Payment Índex da Intrum Justitita, consultora europeia de crédito. Este barómetro anual avalia o comportamento dos pagadores nos estados membros da União Europeia, através de um inquérito em 25 países da Europa.