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Pobreza entre trabalhadores e desempregados agrava-se há vários anos

A taxa de risco de pobreza dos desempregados não pára de aumentar. E também voltou a subir entre a população que trabalha, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Miguel Baltazar/Negócios
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A pobreza entre os desempregados não pára de aumentar. A percentagem da população sem emprego em risco de pobreza tem vindo a aumentar progressivamente dos 36% em 2010, todos os anos, e o último não foi excepção. A taxa passou de 40,5% em 2013 para 42% em 2014, revelam os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A situação também não melhorou para a população empregada. O risco de pobreza aumentou de 10,7% para 11%, agravando os aumentos registados desde pelo menos 2010, altura em que a percentagem não ultrapassava os 9%.

O inquérito realizado este ano pelo INE junto das famílias residentes em Portugal, que foram questionadas sobre a situação em 2014, considera que está em risco de pobreza quem tem rendimentos monetários líquidos anuais inferiores a 5.059 euros, um limiar que corresponde a 60% da mediana dos rendimentos.

O INE refere, contudo, que "foi sobretudo a população reformada que viu aumentar o risco de pobreza, com uma taxa de 14,5% face a 12,9% no ano anterior", o que é coerente com a subida do risco de pobreza entre os idosos.

Se a taxa de pobreza aumentou entre trabalhadores, desempregados e reformados porque é que o valor global se manteve nos 19,5%? Os quadros do INE revelam apenas que houve um ligeiro desagravamento entre os inactivos. Este indicador só considera a população com 18 e mais anos.

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