O preço do barril de petróleo seguia a negociar em queda, pressionado pela valorização do dólar face à divisa da Zona Euro, o que está a diminuir a procura das matérias-primas por parte dos investidores.

O West Texas Intermediate (WTI) caía 0,81% para os 143,90 dólares em Nova Iorque, e em Londres o “Brent” do Mar do Norte, que serve de referência à economia europeia, desvalorizava 0,73% para os 143,44 dólares.

A pressionar a negociação estavam os ganhos do dólar face ao euro, que avançava meio ponto percentual.

Os produtos petrolíferos, que são cotados em dólares, tornam-se menos atractivos para os investidores detentores da moeda da maior economia do mundo, quando a divisa americana valoriza, reduzindo a procura da matéria-prima.

A contribuir para os ganhos do dólar estão as declarações de Henry Paulson, secretário do Tesouro norte-americano, que apresentou propostas para resolver a situação financeira da Fannie Mae e da Freddie Mac, as duas maiores empresas de crédito à habitação nos EUA.

“O dólar está a recuperar dos mínimos da semana passada e a pôr pressão nos preços do petróleo, depois do governo dos Estados Unidos da América ter anunciado” medidas para “salvar” a Fannie Mae e a Freddie Mac, afirmou Andrey Kryuchenkov da Sucden citado pela Bloomberg.

Também a pressionar os preços do petróleo está a greve dos trabalhadores da Petrobrás. A greve, que se iniciou hoje, deverá ter uma duração de cinco dias no Campos Basin, a fonte de 82% da produção de petróleo brasileira.

“O mercado está muito, muito nervoso sobre as questões do lado da oferta” afirmou Abdy Sommer da HSH Nordbank, que acrescentou que “se tivermos cortes da oferta em consequência de greves, isso terá um impacto, especialmente nos EUA”, de acordo coma agência noticiosa norte-americana.