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Peso da economia paralela sobe para 25,4% do PIB

Em 2011, a economia não registada atingiu o valor mais elevado de sempre, confirma estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude.

13 de Setembro de 2012 às 10:54
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A economia paralela acentuou no ano passado a tendência crescente que vem registando desde o 25 de Abril, quando equivalia "apenas" a 13,9% do PIB. A mais recente era de austeridade, na sequência da crise, levou ao crescimento do seu peso em função do PIB de 22,5% em 2008 para 24,2% em 2009, 24,8% em 2010 e 25,4% em 2011.

As conclusões são do Índice de Economia Não Registada, elaborado pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude, que está a ser apresentado esta manhã na Faculdade de Economia do Porto. Sendo a subida dos impostos (directos, indirectos) e das contribuições para a Segurança Social, assim como a taxa de desemprego, algumas das causas para este fenómeno, "a tendência é para continuar a aumentar em 2012", concluiu Óscar Afonso, vice-presidente do Observatório.

Para ilustrar o efeito nefasto da economia paralela nas contas públicas portuguesas, o professor da FEP indicou que "se fosse aplicada uma taxa de 20% sobre esta economia paralela, o Estado podia equilibrar o défice e até ter um superávit de 0,7%".

Óscar Afonso referiu que "o incentivo ainda é pouco" no combate à fraude e evasão fiscal e exemplificou medidas que poderiam ser úteis para reduzir o peso da economia paralela no PIB: a criminalização do enriquecimento ilícito, o combate às empresas fantasma e à informação privilegiada.
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