Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Pescanova quer produzir outras espécies em Portugal

O presidente da Pescanova, Manuel Fernandez Sousa, anunciou que a empresa espanhola de pescado, além de querer aumentar produção de sete mil toneladas de pregado em Mira, "vai num futuro próximo incorporar a produção de novas espécies, nomeadamente, o lin

08 de Janeiro de 2007 às 16:13
  • ...

O presidente da Pescanova, Manuel Fernandez Sousa, anunciou que a empresa espanhola de pescado, além de querer aumentar produção de sete mil toneladas de pregado em Mira, "vai num futuro próximo incorporar a produção de novas espécies, nomeadamente, o linguado". A segunda maior empresa europeia deste sector prometeu ainda "não defraudar Portugal".

A Pescanova assinou no início da tarde com o Governo português o memorando de entendimento do investimento inicial de 140 milhões de euros que vai realizar em Portugal para a instalação da maior fábrica de pregado do mundo, em aquacultura.

A fábrica, que vai ficar localizada na região de Mira, Aveiro, vai começar a produzir antes do final de 2008.

"O projecto arranca com uma produção de sete mil toneladas, mas prevê sucessivas ampliações", revelou o presidente da Pescanova, salientando que "Portugal tem as condições climatéricas e orográficas adequadas para este projecto, além de que conseguimos todo o apoio por parte das entidades governantes".

O presidente da API, Basílio Horta, declarando que "este é um investimento estruturante para o País", assegurou que a declaração de impacte ambiental vai ser atribuída, "pois vamos todos fazer um grande esforço de cumprir  prazos".

"Este é o tipo de projecto que interessa a Portugal", afirmou Basílio Horta, salientando que "gera empregos, desenvolvimento de tecnologia e aumenta as exportações, com cerca de 95% da produção destinada para exportação".

Basílio Horta esclareceu que, apesar de o contrato de hoje respeitar apenas a 140 milhões de euros, "no total a Pescanova deverá vir a investir cerca de 350 milhões de euros".

Já o ministro da Economia, Manuel Pinho, deu a conhecer que "as negociações, que começaram em Maio de 2006, foram muito complexas e sigilosas, porque havia vários países concorrentes que também queriam este projecto". Marrocos, Grécia e Chile estavam entre os interessados.

Por seu lado, o ministro da Agricultura – que coordenou a angariação deste investimento e que vai ser responsável pela principal fatia dos 40 milhões de euros de incentivos directos – garantiu que "a fábrica da Pescanova não vai afectar a orla costeira, tendo antes um efeito positivo na sustentabilidade dos recursos marítimos". Jaime Silva assegurou que "antes das negociações com a empresa, foram feitos vários estudos científicos que apontaram a aquacultura como uma actividade compatível com a orla costeira". Isto depois de a associação ambientalista Quercus ter acusa o Governo de "descer o respeito pelos valores ambientais devido à pressão económica".

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio