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Pedro Reis: "Gaspar teve trabalho ingrato e difícil"
O presidente da AICEP considerou "patológico" que em Portugal se continue a "triturar quem está, quem esteve e quem afinal não veio", elogiando o papel "importante no posicionamento externo" desempenhado pelo ex-ministro das Finanças.
Pedro Reis disse esta terça-feira em Guimarães que Vítor Gaspar "teve um trabalho ingrato, difícil e foi importante no posicionamento externo", corroborando que o País tem actualmente "muito melhor imagem no exterior do que cá dentro" devido à acção do ex-ministro das Finanças.
Recusando avaliar se a troca no Ministério das Finanças é uma boa ou má notícia, o presidente da AICEP aconselhou antes a que "deixe respirar a realidade", deixando um alerta implícito também ao espaço de manobra da sucessora, Maria Luís Albuquerque. "Temos de fugir ao risco de triturar quem está, quem esteve e quem afinal não veio. Isto é patológico", referiu.
Durante a conferência Portugal Global, organizada pelo Negócios e pela Caixa Geral de Depósitos, o líder da agência governamental sublinhou que Portugal precisa de "estabilidade", embora reconhecendo que "deve haver espaço para o combate político, é saudável".
"Mas é preciso discutir a agenda das reformas estruturais, da competitividade. Vamos tentar alinhar no mínimo essencial para ganharmos credibilidade e construir um modelo de negócios mais sustentável. É preciso paz de espírito para construir essa agenda de competitividade", concluiu Pedro Reis.