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PCP diz que não houve crescimento mas abrandamento da recessão

O comunista José Lourenço considera que os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística não representam um crescimento mas apenas um abrandamento da recessão.

14 de Agosto de 2013 às 11:46
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"Para nós, estes dados traduzem apenas o abrandamento do ritmo da recessão", afirmou o membro da Comissão de Assuntos Económicos do PCP em declarações à Lusa, numa reacção do partido ao anúncio de que o produto interno bruto (PIB) português cresceu 1,1% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior.

 

Segundo o INE, este desempenho do PIB interrompeu um movimento de queda que dura desde os últimos três meses de 2010, apesar de, em termos homólogos, a riqueza produzida no País ter diminuído.

 

"Estes dados não são surpreendentes, tendo em conta que, em cadeia, a nossa economia vinha caindo há 10 trimestres consecutivos, mais do que a própria Grécia caiu até ao momento", referiu José Lourenço, sublinhando que o PIB português caiu "para níveis de há 12 anos atrás".

 

Para o Partido Comunista, a subida do PIB anunciada esta quarta-feira pode explicar-se com o facto de o segundo trimestre ter tido mais dias úteis, o que terá peso no índice das exportações, por exemplo.

 

Por isso, sublinhou, "estes resultados não permitem disfarçar o caminho para o abismo económico a que este Governo e esta política nos conduzem e que se traduz nestes dados [com] uma queda homóloga de 2% e uma queda anualizada do PIB (isto é, se o ano tivesse terminado no segundo trimestre do ano) de 3,4% - mais do que caiu em 2012, que foi 3,2%".

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