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Paulo Rangel diz que “não é candidato” à liderança do PSD e faz elogios a Santos Silva
O eurodeputado do PSD critica o governo de falhar na gestão da crise dizendo que o Executivo "tem fugido de dar explicações". O eurodeputado lembra que "em vários países o preço dos combustíveis foi congelado" e avisa que vamos ter uma "crise à séria" no setor agro-alimentar.
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O eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, que desafiou Rui Rio na liderança do partido, em novembro do ano passado, não vai apresentar uma nova candidatura.
"Não é questão de não haver condições, é a questão de achar que não sou a pessoa indicada neste momento", disse em entrevista ao Público e à Renascença, acrescentando que quer "dar espaço a outros neste momento", após ter perdido as diretas contra Rio.
No entanto, o social democrata diz que está "disponível para colaborar, como sempre", com o partido. "Isto não é, de maneira nenhuma, uma retirada do partido e das responsabilidades que tenho como militante e com esse historial", assinala, assumindo que o partido está numa posição "difícil" com a maioria absoluta do PS.
Para Rangel "o líder que for eleito, qualquer que ele seja, vai ter uma tarefa muito difícil e merece apoio muito próximo e leal".
O eurodeputado aproveitou ainda para tecer elogios ao ministro dos Negócios Estrangeiros, considerando que Augusto Santos Silva "tem estado muito bem" no ponto de vista "da assunção das nossas responsabilidades perante a União Europeia e a NATO".
Ao nível interno, Paulo Rangel acusa o Executivo de falhar na gestão da crise frisando que "o Governo tem fugido a dar explicações, tudo é muito atabalhoado."
O eurodeputado diz, por exemplo, que "em vários países, o preço dos combustíveis foi congelado" considerando que o aumento no valor dos combustíveis "podia ser muito mais mitigado".
Mas além da crise energética, Paulo Rangel considera que "também temos de dar à crise agro-alimentar, que em Portugal está a ser um pouco disfarçada e que vai ser uma crise séria. Em termos de escassez não sei, mas vai haver escassez no mundo".