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Passos Coelho: “2014 será um ano cheio de desafios”

Os “sinais positivos” que se identificam na frente económica e financeira “ainda não são suficientes para podermos dizer que vencemos esta crise”, afirma o primeiro-ministro na sua habitual mensagem de Natal.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 25 de Dezembro de 2013 às 21:07
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Começando por fazer um balanço de 2013 que classifica como “muito exigente”, o primeiro-ministro afirma que este foi também o ano em que “a nossa economia começou a dar a volta”. Mas alerta na parte final da tradicional mensagem de Natal que “estes sinais positivos ainda não são suficientes, contudo, para podermos dizer que vencemos esta crise”.

 

No olhar para 2014, Pedro Passos Coelho diz que “ainda restam algumas incertezas e obstáculos” considerando que “todos fomos compreendendo que não há soluções fáceis, dada a complexidade dos problemas que herdámos”.

 

Mas, diz o primeiro-ministro “isso apenas significa que temos muito para fazer” em 2014. Um ano, afirma” “cheio de desafios aos quais cada um de nós responderá com a mesma responsabilidade e determinação que nos abriu o caminho até aqui”.

 

Encerramento da ajuda externa, “uma etapa decisiva”

 

Começando por recordar que estamos a menos de cinco meses para terminar o Programa de Assistência, o primeiro-ministro afirma que viveremos até Maio “uma etapa decisiva da nossa recuperação”.

 

“Precisaremos de todos os instrumentos que mobilizámos para concluir sem perturbações o Programa”, diz o primeiro-ministro. E esses instrumentos, acrescenta, terão de ser usados “bem, com inteligência e determinação”. O objectivo que “parecia em tempos tão distante e difícil está agora”, de acordo com o primeiro-ministro, “ao nosso alcance, desde que não hesitemos, desde que percebamos todos o que está em causa”.

 

“Queremos fechar esta página da nossa história”, que corresponde aos três anos de apoio externo que encerram em Maio de 2014. Para, de acordo com o primeiro-ministro, abrir uma nova página “mais apropriada à sociedade moderna, próspera e mais justa que estamos a construir”.

 

Essa nova página da história, após a conclusão do programa da troika, deve concentrar “todas as nossas energias” para “combater a pobreza, reduzir rapidamente o desemprego, aumentar o investimento e reduzir as desigualdades sociais”.

 

Para o primeiro-ministro, “durante demasiado tempo toleraram-se em Portugal fortíssimas desigualdades, quase sem paralelo na Europa, e resignámo-nos à estagnação social”.

 

“Na recuperação do nosso País, ninguém pode ficar para trás”. Nesta sua intervenção que marca o dia Natal, o primeiro-ministro considera que “no Portugal em que todos se revêem, ninguém pode estar condenado à frustração dos seus sonhos simplesmente porque vive naquela região mais remota, neste bairro mais periférico ou porque nasceu em condições sociais e familiares mais adversas”.

 

Um ano difícil em que “a economia começou a dar a volta”

 

No balanço que faz de 2013, o primeiro-ministro reconhece que “foi um ano difícil, sobretudo para os desempregados e para os membros mais vulneráveis da nossa sociedade”. Mas lembra que “apesar das fortes restrições orçamentais, o Governo reforçou “o Programa de Emergência Social, aumentou as pensões mínimas, sociais e rurais e intensificou os programas de combate ao desemprego”.

 

Mas, salienta Pedro Passos Coelho, 2013 foi também o ano em que “a nossa economia começou a dar a volta”. A evolução das exportações, a redução do desemprego e o aumento do emprego, a diminuição da dívida, o crescimento da economia e o controlo do défice são os indicadores escolhidos pelo primeiro-ministro.

 

Sobre as exportações diz que cresceram e conquistaram quotas de mercado “graças à coragem e engenho dos nossos trabalhadores e dos nossos empresários”.

 

A dívida externa e pública, afirma, começou a “vergar”. Na redução do défice orçamental, afirma, foram feitos “progressos muito importantes” que só não foram “mais longe porque”, diz, “precisámos dos recursos para garantir os apoios sociais e a ajuda aos desempregados”.

 

Ainda no balanço que faz de 2013 o primeiro-ministro regista que “a economia começou a crescer e acima da Europa” ao mesmo tempo que o emprego aumentou tendo sido criados, segundo afirma “120 mil postos de trabalho” até ao terceiro trimestre e em termos líquidos. E o desemprego “tem vindo a descer mês após mês”.

 

Para o primeiro-ministro “a estratégia abrangente que pusemos em prática para salvar o País do colapso, para reformar a economia e trazer prosperidade, está a mostrar os seus primeiros frutos”.

A razão para ter “uma esperança renovada no futuro” está, de acordo com o primeiro-ministro, no “trabalho, tenacidade e empenho diário de milhões de portugueses dentro ou fora das fronteiras nacionais”.

 

“Estamos a mostrar ao mundo inteiro, sobretudo aos que, nos momentos mais exigentes, menos confiaram em nós, que acreditamos em nós próprios”, afirma o primeiro-ministro na primeira parte do discurso de Natal em que faz o balanço de 2013. Considera que hoje “temos a confiança, o respeito e admiração dos nossos parceiros Europeus e dos nossos amigos por todo o mundo”.

 

E é a partir daqui que começa a olhar para 2014 considerando que todos estes sinais não são ainda suficientes para “podermos dizer que vencemos esta crise”. É no processo de saída do programa de ajuda externa que Pedro Passos Coelho concentra o desafio do próximo ano, considerando os próximos cinco meses como decisivos para se considerar que a crise foi vencida.

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