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Passos Coelho desafia Governo a aumentar pensões em Janeiro

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, desafiou o Governo a aumentar as pensões no início do próximo ano, em vez de o fazer em Agosto, próximo da realização das eleições autárquicas de 2017.

Miguel Baltazar
20 de Novembro de 2016 às 18:15
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"O Governo que diga quanto é que tem para aumentar as pensões, dentro dos equilíbrios delicados que atingiu. Mas o que quer que tenha para aumentar as pensões abaixo de 628 euros por mês - estamos a falar, portanto, de pensões baixas -, que distribua esse dinheiro que tem para o aumento das pensões de uma forma equitativa, para todos, a partir de 1 de Janeiro, não em Agosto", afirmou Pedro Passos Coelho este domingo.

 

O líder nacional do PSD falava na Guarda, onde presidiu à sessão de encerramento da III Academia do Poder Local, organizada pelo PSD e pelos Autarcas Social-Democratas (ASD).

 

Sobre o anunciado aumento das pensões, questionou ainda, no seu discurso: "Por que é que é em Agosto? Daqui até Agosto não há dinheiro para pagar? O Estado só vai ter dinheiro para pagar em Agosto?".

 

"Está bem à vista de todos que em Agosto estamos na véspera da campanha eleitoral e que o Governo faz contas de cabeça com a sua maioria. Vamos dividir a democracia pelos seus beneficiários. Quantos são os pensionistas, quantos são os servidos do Estado? Podemos dar-lhes mais qualquer coisinha para a eleição? Vamos dar", disse, lembrando que "foi assim em 2009, não é novo".

 

"O Governo em 2009, do PS, procedeu assim. E infelizmente teve consequências muito mais graves que esperemos que não estejam no nosso horizonte agora, mas como forma de exercer o poder, diz tudo sobre aqueles que tomam estas decisões", rematou.

 

O presidente do PSD referiu ainda que "é preciso realmente perder todo o sentido da decência democrática para andar a organizar, a preparar benefícios sociais e aumentos para campanha eleitoral". "Podem fazê-lo, mas fica-lhes mal. Disse ontem [sábado] e repito, eu teria vergonha de ter este comportamento democrático", afirmou.

 

No seu discurso falou também das várias propostas que o PSD apresentou ao Orçamento do Estado para 2017 em matérias como a descentralização, a Segurança Social e o crescimento económico.

 

Na Segurança Social lembrou que, este ano, o Estado "transferiu quase 600 milhões de euros dos impostos dos portugueses para o orçamento da Segurança Social" e para o ano "prevê-se que esse valor seja superior a 400 milhões de euros". Em sua opinião, "isto significa que alguma coisa de estrutural tem de se alterar para que no futuro não haja solavancos".

 

Apontou que o Governo lançou um novo imposto adicional ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) cuja receita é para a Segurança Social, o que significa um reconhecimento claro "de que há um problema estrutural" neste sector.

 

Com o novo imposto, o Governo não está a impedir o desequilíbrio "está apenas a empurrar com a barriga", observou, defendendo que era bom que mostrasse vontade "para resolver o problema".

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