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Jerónimo chama ao PCP a iniciativa de aumento das pensões

O secretário-geral do PCP disse este domingo que o aumento das pensões e reformas no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 acontecerá por iniciativa dos comunistas, que persistiram, começando por estar sozinhos nessa proposta para 2016.

Miguel Baltazar
20 de Novembro de 2016 às 20:14
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"O ponto de situação que podíamos fazer é este: hoje não se discute se vai haver ou não aumentos das reformas e pensões, hoje a questão está em saber quanto é que vão ser aumentadas por iniciativa do PCP", afirmou Jerónimo de Sousa este domingo, 20 de Novembro.

 

Numa intervenção no final de um almoço com militantes e simpatizantes em Ota, no concelho de Alenquer, o líder comunista começou por falar das notícias que surgem a atribuir a autoria de medidas aos vários integrantes do apoio parlamentar do Governo do PS (BE e PEV, além do PCP), com "alguns a tomarem a dianteira e a porem o dedo no ar".

 

"O PCP não faz questão de pôr o dedo no ar ou assumir protagonismo que não tem. O que dizemos é que onde o PCP tem proposta ou fez proposta, estivemos à altura dos compromissos que temos com os trabalhadores e com o povo", disse.

 

O líder comunista prosseguiu: "no quadro das pensões e das reformas era conhecida a posição do PCP": "Há muito que vínhamos discutindo uma contraproposta do Governo". "É preciso fazer aqui uma breve lembrança histórica, no Orçamento para 2016 ficámos sozinhos em relação à nossa proposta de um aumento extraordinário de 10 euros. A direita não nos acompanhou, naturalmente, mas nem PS nem BE nos acompanharam, e ficando sozinhos tudo convidava a desistir, mas não, persistimos, voltámos neste Orçamento do Estado a insistir nesta proposta justa", sustentou.

 

Jerónimo de Sousa argumentou ainda que a proposta de aumento de 10 euros considerou a questão fundamental de "recuperar e voltar a prestigiar a contribuição das carreiras contributivas".

 

Reconhecendo a justiça de aumentar nomeadamente as pensões mínimas sobretudo rurais a trabalhadores que não puderam descontar, o líder do PCP acusou PSD e CDS de terem dado "umas migalhas a algumas pensões mínimas".

 

"O PCP procura valorizar as carreiras contributivas porque é delas que resulta a sustentabilidade da segurança social", afirmou, recusando que se retirem do sistema público os grandes descontos, que perfazem pensões mais elevadas.

 

O secretário-geral comunista opõe-se a uma "segurança social apenas para os pobrezinhos, apenas para os carenciados, sem receitas, sem possibilidades de crescimento, enquanto essas contribuições elevadas iam directamente para as seguradoras". "Não deixaremos cair esta justa, justíssima medida, de valorizar quem descontou uma vida inteira", frisou.

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