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Passos Coelho afasta cenário de crise que ponha em causa "estabilidade" do Governo

O presidente do PSD admitiu este sábado que Portugal "tem uma situação política de estabilidade" e sublinhou que não se vislumbra "no horizonte próximo" qualquer cenário de crise que possa pôr em causa o Governo.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
O presidente do PSD considera que "o país tem uma situação política de estabilidade", afastando "qualquer cenário de crise política".
29 de Julho de 2017 às 19:32
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"Julgo que o país tem uma situação política de estabilidade, o Governo goza de maioria no parlamento, só alguém muito desatento é que consideraria que faltam condições ao Governo de apoio parlamentar que pudesse deixar antever qualquer cenário de crise política", afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Falando aos jornalistas em Barcelos, à margem de uma reunião com candidatos da coligação PSD-CDS às juntas de freguesia daquele concelho, Passos Coelho reagia assim à entrevista do Presidente da República ao Diário de Notícias, em que Marcelo dá conta de que não gostaria de ser obrigado a dissolver a Assembleia da República.

 

"Não creio que haja no horizonte próximo, quando praticamente metade de legislatura está cumprida, qualquer perspectiva de, da parte do Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda ou Partido Socialista, haver uma situação que configure instabilidade", referiu o líder do PSD.

 

Coelho lembrou que o próprio primeiro-ministro já referiu que o Orçamento do Estado para 2018 será "o mais fácil de fazer".

 

"Dá um sinal de confiança quanto às condições políticas de apoio junto dos partidos que suportam o Governo. Entre esses partidos, tem havido reiterada condição de apoio ao funcionamento do Governo, creio que não vale a pena estarmos a perder tempo a analisar potenciais situações em que a falta de apoio parlamentar pudesse conduzir a uma crise política", rematou.

Venezuela: Portugal tem acompanhado "de forma correta e adequada" a situação

 

Questionado sobre a situação na Venezuela, o presidente do PSD classificou-a como "muito preocupante", mas sublinhou que as autoridades portuguesas têm vindo a acompanhar "de forma correcta e adequada" a situação dos portugueses e lusodescendentes que vivem naquele país.

Passos Coelho acrescentou que concorda com o reforço do orçamento para acudir à situação.

 

"É uma situação excepcional, que vai requerer medidas excepcionais, de dispêndio maior, parece prudente que o Governo possa querer reforçar os meios disponíveis para o efeito", afirmou.

 

Para Passos Coelho, a situação na Venezuela "é muito preocupante", já que aquele país regista "um estado quase de sítio que se vem arrastando há bastante tempo".

 

Uma situação que, sublinhou, "preocupa bastante", porque há muitos portugueses e muitos lusodescendentes que lá vivem.

 

No entanto, reconheceu que o Governo português tem vindo a acompanhar a situação "de forma correta e adequada" e a actuar com a "prudência" que o caso exige.

 

"No essencial, do que vou vendo, o Governo tem vindo a actuar com prudência nesta matéria e todo o esforço diplomático que tem vindo a ser feito tem sido canalizado para apoiar os que mais precisam", acrescentou.

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