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Parlamento Europeu espera trabalhar com Trump em regulação da IA

Depois de a Europa ter dado o primeiro passo na regulamentação da inteligência artificial, a expectativa é alargar esse controlo a áreas para as quais não chega a lei nacional, como a defesa. Benifei quer trabalhar de perto com EUA nesta área.

A futura balança do poder no seio do Parlamento Europeu irá determinar a ambição da políticas climáticas europeias.
07 de Novembro de 2024 às 13:33
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O Parlamento Europeu espera conseguir trabalhar com o presidente dos Estados Unidos para regular, em conjunto, alguns elementos da inteligência artificial (IA), nomeadamente na área militar.

"Estamos ansiosos para trabalhar com a próxima administração [norte-americana]. Fomos os primeiros, mas os Estados Unidos também já começaram este trabalho", afirmou Brando Benifei.

O eurodeputado falava numa curta mensagem em vídeo na conferência "O Poder de Fazer Acontecer 2.0" do Negócios, que decorre nesta quinta-feira, 7 de novembro, em Lisboa, e que é dedicada à IA. 

Brando Benifei, eurodeputado italiano do S&D (Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) lidera o grupo de monitorização da IA do Parlamento Europeu e tem a responsabilidade de supervisionar a implementação do regulamento europeu de IA. Aliás, este eurodeputado liderou o trabalho do Parlamento Europeu na definição deste regulamento no mandato anterior, sendo um dos relatores da lei (AI Act, em inglês). 

A lei, que visa regular os sistemas de IA de acordo com o risco que representam para a sociedade, entrou em vigor no início de agosto, mas para o eurodeputado "ainda há muito a fazer". 

"Temos regras para proteger as empresas, os cidadãos e a nossa democracia, para conseguirmos tirar o melhor desta transformação tecnológica", afirmou Brando Benifei.

Nesse sentido, o eurodeputado italiano mostrou-se particularmente preocupado com os "deep fakes" e com os direitos de autor, frisando que a nova lei europeia vai permitir saber quando um conteúdo é manipulado ou feito por AI e que conteúdo é usado para treinar o AI. 

"Podem estar certos que quando é usada informação sujeita a direitos de autor, esse autor vai saber e ter direito a uma compensação", afirmou.

Ainda assim, Benifei destacou que há áreas onde as "leis nacionais podem não ser suficientes". É o caso da área militar, frisou. E é precisamente nestas questões que o Parlamento Europeu quer trabalhar com o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, destacou.

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