Notícia
Papandreou deixa mundo em suspenso
Os ministros gregos não foram informados da possibilidade de se referendar o segundo pacote de ajuda financeira. Uma deputada da coligação que está no poder já se demitiu e outra pede que Papandreou se retire e seja convocado um governo de salvação nacional. Mas há uma ideia que está a reunir consenso: o programa não pode ir a referendo.
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O primeiro-ministro grego, George Papandreou, admitiu ontem, ao final do dia, levar o segundo pacote de ajuda financeira a referendo. Foi uma surpresa esta declaração quer para os seus ministros, quer para os restantes líderes internacionais.
O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, não foi informado sobre a possibilidade do segundo pacote de ajuda financeira ir a referendo. “Venizelos não fazia ideia sobre o referendo. A única coisa que sabia era sobre o voto de confiança”, afirmou fonte oficial à Reuters. Venizelos terá entretanto dito a Papandreou que este deveria informar os parceiros internacionais e terá então sido escrita uma carta já esta manhã.
Ainda hoje, Papandreou esteve ao telefone com os presidentes da Comissão Europeia e da União Europeia, Durão Barroso e Van Rompuy, respectivamente.
O ministro grego da Saúde, Andreas Loverdos, também terá sido surpreendido e terá entretanto dito a Papandreou que convocar um referendo era uma má ideia.
E dentro da coligação que está no poder já houve mesmo que mandasse a toalha ao chão. Uma deputada da maioria socialista, Milena Apostolaki, abandonou o grupo parlamentar em protesto contra a realização de um referendo. Uma decisão que deixa o partido do Governo com uma maioria parlamentar de apenas dois deputados.
Entretanto houve notícias que apontavam para que outra deputada estivesse de saída, Eva Kaili, mas a própria responsável não revelou se estava a pensar demitir-se do cargo de deputada ou do próprio partido. Mas deixou um apelo: “um referendo efectivamente cancela o acordo de 26 de Outubro e pode levar o país à falência”. A responsável disse ainda que o melhor seria Papandreou afastar-se e ser convocado um governo de salvação nacional.
Papandreou convoca conselho de ministros para hoje
O primeiro-ministro convocou uma reunião com os membros do Governo para esta tarde, numa altura em que o tom de revolta dentro do próprio governo está a aumentar, segundo a imprensa.
Papandreou terá decidido revelar no Parlamento uma possibilidade que não foi discutida entre os membros do Executivo e que se for em frente poderá pôr em causa a solvência do país, uma vez que sem pacote de austeridade não haverá mais dinheiro das entidades internacionais.
Voto de confiança no Governo na quinta-feira
Além do referendo, Papandreou revelou que vai apresentar no Parlamento um voto de confiança. O debate sobre a moção de confiança vai ser antecipado para quarta-feira e votado na quinta-feira, dia em que começa a reunião do G20. Se a moção for chumbada, o Governo cai.
Para o líder do partido Nova Democracia, principal opositor ao governo no Parlamento em Atenas, Antonis Samaras, a decisão do primeiro-ministro de referendar o segundo pacote de austeridade foi a gota de água. O mesmo responsável sublinhou que as "eleições são agora não só um pedido como um imperativo".
O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, não foi informado sobre a possibilidade do segundo pacote de ajuda financeira ir a referendo. “Venizelos não fazia ideia sobre o referendo. A única coisa que sabia era sobre o voto de confiança”, afirmou fonte oficial à Reuters. Venizelos terá entretanto dito a Papandreou que este deveria informar os parceiros internacionais e terá então sido escrita uma carta já esta manhã.
O ministro grego da Saúde, Andreas Loverdos, também terá sido surpreendido e terá entretanto dito a Papandreou que convocar um referendo era uma má ideia.
E dentro da coligação que está no poder já houve mesmo que mandasse a toalha ao chão. Uma deputada da maioria socialista, Milena Apostolaki, abandonou o grupo parlamentar em protesto contra a realização de um referendo. Uma decisão que deixa o partido do Governo com uma maioria parlamentar de apenas dois deputados.
Entretanto houve notícias que apontavam para que outra deputada estivesse de saída, Eva Kaili, mas a própria responsável não revelou se estava a pensar demitir-se do cargo de deputada ou do próprio partido. Mas deixou um apelo: “um referendo efectivamente cancela o acordo de 26 de Outubro e pode levar o país à falência”. A responsável disse ainda que o melhor seria Papandreou afastar-se e ser convocado um governo de salvação nacional.
Papandreou convoca conselho de ministros para hoje
O primeiro-ministro convocou uma reunião com os membros do Governo para esta tarde, numa altura em que o tom de revolta dentro do próprio governo está a aumentar, segundo a imprensa.
Papandreou terá decidido revelar no Parlamento uma possibilidade que não foi discutida entre os membros do Executivo e que se for em frente poderá pôr em causa a solvência do país, uma vez que sem pacote de austeridade não haverá mais dinheiro das entidades internacionais.
Voto de confiança no Governo na quinta-feira
Além do referendo, Papandreou revelou que vai apresentar no Parlamento um voto de confiança. O debate sobre a moção de confiança vai ser antecipado para quarta-feira e votado na quinta-feira, dia em que começa a reunião do G20. Se a moção for chumbada, o Governo cai.
Para o líder do partido Nova Democracia, principal opositor ao governo no Parlamento em Atenas, Antonis Samaras, a decisão do primeiro-ministro de referendar o segundo pacote de austeridade foi a gota de água. O mesmo responsável sublinhou que as "eleições são agora não só um pedido como um imperativo".