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Oposição exige explicações a Vieira da Silva sobre "apagão" de desempregados

A oposição vai questionar esta tarde o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, sobre o "apagão" de 15 mil desempregados dos ficheiros do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

19 de Maio de 2009 às 10:54
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A oposição vai questionar esta tarde o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, sobre o “apagão” de 15 mil desempregados dos ficheiros do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Os deputados não ficaram satisfeitos com as explicações ontem dadas pelo presidente do instituto e pelo próprio ministro e querem saber se os últimos dados do desemprego, relativos ao mês de Março, foram influenciados pelo “erro”.

Hugo Velosa, deputado social-democrata, diz que os esclarecimentos deixaram de fora uma questão essencial. “Continuamos sem perceber se os 15 mil desempregados que desapareceram dos ficheiros foram ou não tidos em conta nas últimas estatísticas e é isso que queremos ver esclarecido”, frisou ao Negócios.

O deputado quer ainda que o ministro do Trabalho dê garantias aos deputados de que não está a manipular os números do desemprego: “Continuamos com muitas dúvidas quanto à relação entre a realidade e as estatísticas. Como sabemos, o número de desempregados é muito superior aos 500 mil”.

Já Jorge Machado do PCP disse ao Negócios que ficou por esclarecer se o desaparecimento de desempregados dos ficheiros do IEFP “é um prática reiterada”, como acusa o Sindicatos Nacional dos Técnicos de Emprego (SNTE), ou se foi “um erro pontual”. Mas os comunistas também criticam “os esforços para alterar do ponto de vista estatístico os números do desemprego”.

Esta tarde, durante a audição na comissão de Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva vai ainda ser confrontado com as críticas do CDS-PP que põem em causa a “confiança no presidente do IEFP” e terá que explicar ao Bloco de Esquerda as medidas que está disposto a tomar para travar o desemprego.

Ontem, depois de ter sido divulgada uma denúncia do SNTE que alertava para a saída de 15 mil desempregados das estatísticas do instituto de emprego em Março, o presidente do IEFP, Francisco Madelino admitiu, ter havido um erro no cruzamento de dados com a Segurança Social no processamento dos desempregados, mas garantiu que a falha foi rectificada, seguindo "todas as regras". Uma explicação reiterada algumas horas depois pelo ministro do Trabalho.

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