O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) e a Associação Sindical dos Profissionais da Inspecção Tributária e Aduaneira (APIT) convergem na reacção à Operação "Tax Free", que esta terça-feira conduziu à detenção de 15 pessoas em Lisboa, oito dos quais funcionários dos Impostos: é preciso não confundir a árvore com a floresta, e que a investigação prossiga até ao fim, com total indepêndencia.

Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) começa por ressalvar ao Négócios que "oito funcionários não representam nem mancham a competência e o brio dos funcionários da AT".  Uma mensagem semelhante à transmitida pela APIT através de comunicado, onde sublinha que missão e a competência profissional dos funcionários da AT não podem, de forma alguma, ser colocadas em causa por estas eventuais irregularidades - situações esporádicas e identificadas".

Depois, prossegue Paulo Ralha, as "suspeitas devem ser investigadas  até às ultimas consequências e, se for caso disso, serem examplarmente punidas para que sirvam de exemplo no futuro", uma mensagem acompanhada pela APIT, para quem os crimes de corrupção são "incompatíveis  com os princípios de seriedade, dignidade e profissionalismo, que são  constante e diariamente prosseguidos pelos funcionários". A APIT, liderada por Nuno Barroso, deseja que o "Ministério Público (e a PJ), no âmbito da actuação que lhe é determinada por lei, prossiga com o normal percurso da justiça", sendo certo que a associação sublinha que a presunção de inocência prevalece.

Paulo Ralha, presidente do STI, espera ainda que, na sequência deste caso, não haja a tentação de criar restrições ao combate à fraude e evasão por parte os funcionários, numa alusão indirecta aos travões à consulta de bases de dados do Fisco.