O ministro das Finanças, Oliveira Martins, recusou a proposta feita pelo PSD de uma auditoria às finanças públicas pelo Tribunal de Contas (TC). O ministro explicou hoje aos jornalistas que o Governo aceita que o TC efectue algum parecer no âmbito do exercício das suas funções normais.

Após os encontros de hoje com o PSD, PCP e PCP, para discutir linhas gerais do próximo Orçamento de Estado Guilherme d’Oliveira Martins explicou, em conferência de imprensa que uma auditoria às contas do Estado «não se justifica».

De acordo como o ministro «o TC, como organismo independente investiga o que quer quando assim o entende», e acrescentou que está disposto a «demonstrar com clareza a nossa gestão, que é uma gestão rigorosa».

Em relação ao OE de 2002, Oliveira Martins respondeu às criticas do PSD, afirmando «não querer expiatórios no plano de elaboração do Orçamento de Estado», contrariando a ideia deixada por Durão Barroso de que o Executivo está a imiscuir-se de responsabilidades com a convocatória destas audiências.

Segundo o responsável pelas Finanças «este é o momento próprio para os contributos dos outros partidos».

Uma nova ronda de encontros está já agendada para o início de Setembro.

Os encontros prosseguem amanhã de manhã, com o primeiro-ministro, conjuntamente com o ministro das Finanças, a receberem o PS, o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista «Os Verdes».