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Obama diz que outros países da Ásia-Pacífico querem acordo comercial

O Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou no domingo que os dirigentes da região Ásia-Pacífico decidiram continuar os esforços para adoptar o Acordo Transpacífico (TPP), que está agora fragilizado pela eleição de Donald Trump para a Casa Branca.

21 de Novembro de 2016 às 00:19
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"Os nossos parceiros disseram claramente que querem ir em frente com o TPP", afirmou Barack Obama numa conferência de imprensa em Lima, Peru, que acolheu a cimeira do Fórum para a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

 

"E eles querem fazê-lo com os Estados Unidos", disse ainda o democrata, na sua última deslocação ao estrangeiro enquanto Presidente dos Estados Unidos, numa alusão à oposição do seu sucessor Donald Trump relativamente a este acordo.

 

O TPP (sigla inglesa de Trans-Pacific Partnership) foi assinado por 12 países - entre os quais os Estados Unidos, o Japão, o Canadá e o México -, mas, para entrar em vigor, precisa ainda da forte aprovação do Congresso norte-americano, que é controlada pelos republicanos, o que torna esta aprovação improvável.

 

O acordo prevê um período de dois anos para a sua ratificação pelos respectivos parlamentos.

 

A sua entrada em vigor requer que haja uma representação de pelo menos 85% do Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos países subscritores, o que faz com que seja impossível avançar sem as economias mais poderosas: Japão e Estados Unidos.

 

Os dirigentes dos 21 países do Fórum para a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) comprometeram-se hoje "a combater qualquer forma de proteccionismo", segundo a declaração do final do encontro que terminou hoje em Lima, Peru.

 

Os membros do fórum rejeitaram políticas económicas proteccionistas num contexto de "uma lenta e desigual recuperação da crise financeira de 2008", como descrito na declaração final.

 

Neste documento, os líderes das 21 nações do APEC referem que vão continuar a trabalhar para um acordo de livre comércio que inclua todos estes países.

 

No entanto, estas perspectivas para um novo pacto económico foram ensombradas pelo cepticismo do Presidente norte-americano eleito, Donald Trump, em relação ao livre comércio, bem como pelo voto dos britânicos para a saída da União Europeia, aprovada pelos britânicos em referendo já em Junho.

 

Criado em 1989, o APEC é um fórum composto por 21 países da Ásia e do Pacífico que promove o comércio livre na região, com o objetivo de criar mais prosperidade para os povos através de um crescimento equilibrado, inclusivo, sustentável e inovador.

 

Entre os países que integram este fórum estão a Austrália, o Canadá, o Chile, a China, o Japão, a Malásia, o México, a Rússia, Singapura, a Tailândia e os Estados Unidos da América.

 

No seu conjunto, os países da zona Ásia-Pacífico, que são os que mais beneficiaram da globalização, representam 60% do comércio mundial e 40% da população global.

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