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"O primeiro-ministro não exige lealdade ao Parlamento, presta contas ao Parlamento", responde PS

Depois de o primeiro-ministro ter feito fortes críticas ao PS no debate do Estado da Nação, Pedro Nuno Santos pediu respeito pelo parlamento e humildade a Luís Montenegro.

Miguel Baltazar
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"O primeiro-ministro não exige lealdade ao Parlamento, presta contas ao Parlamento". Foi assim que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, respondeu ao primeiro-ministro.

No debate do Estado da Nação desta quarta-feira, 17 de julho, no Parlamento, 
Luís Montenegro, defendeu que os partidos de oposição no Parlamento têm "o dever de lealdade com os portugueses" de "deixar governar", depois de terem viabilizado o Programa de Governo.


Na resposta, Pedro Nuno Santos pediu mais "respeito pelo Parlamento e pela democracia". E acrescentou: "a derrota nas europeias e as sondagens deviam exigir de si mais humildade".

Depois, quis saber qual era a visão estratégica do Governo para a economia, criticou a forma como está prevista a descida do IRC, entre outros.

Montenegro atira ao PS e ao Chega


No final da sua intervenção inicial no debate do Estado da Nação, em que fez um balanço dos primeiros 100 dias do seu Governo, Luís Montenegro tinha deixado fortes críticas à oposição, mais exatamente ao PS e ao Chega, que acusou de quererem governar a partir do Parlamento.


"Ver o PS exigir mais baixas de imposto, exigir acordos com os polícias que nunca tinha querido fazer, abolir portagens que se tinha recusado a reduzir tem sido um exercício de contorcionismo político digno de uma peça tragicocómica", afirmou. 


E ao Chega: "Ver o Chega apoiar tudo isto com convição e orgulho tem sido um grande contributo que o anti-sistema trouxe para dentro do sistema". "A birra, a imaturidade, o oportunismo, a junção com o PS e portanto a outra face da mesma moeda da irresponsabilidade política", continuou. 


"Se alguém ousasse ter dito antes das eleições que o Chega ia levar o PS às cavalitas para o Partido Socialista se agarrar às costas do Chega e ambos governarem a partir do Parlamento, qualquer pessoa tinha dito que seria uma loucura, mas hoje é uma realidade destes 100 dias" de Governação, rematou. 

"São opções. O PS não se importou de comer o fruto que dizia que era proibido, o Chega não se importou de comer o fruto que dizia que era apodrecido", rematou.

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