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"O governo pôs-se a jeito e cometeu erros", admite Costa

Em entrevista, o primeiro-ministro admite erros governativos e esclarece que houve "obviamente" problemas dentro do governo.

Conselho de Ministros vai aprovar nesta quinta-feira um novo apoio, de 240 euros, para famílias mais pobres.
Rodrigo Antunes/Lusa
30 de Janeiro de 2023 às 21:41
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O primeiro-ministro António Costa considera que, ao longo de 2022, conseguiu ter uma "maioria de diálogo". Mas, ainda assim, admite que "o governo se pôs a jeito e cometeu erros".

"Houve obviamente problemas dentro do governo, uns que tiveram consequências políticas e outras sem consequências políticas", sublinhou o responsável do executivo, em entrevista à RTP. E com elas aprendeu que uma maioria implica também um "reforço do escrutínio".

Relativamente às últimas polémicas que visam o ministro das Finanças, Fernando Medina, o primeiro-ministro tardou em responder e sublinhou que "nenhum político pode validar" ter um ministro acusado de uma ilegalidade, mas acrescentando que "depende sempre das situações". "À política o que é da política e à justiça o que é da justiça", disse.

Já face ao questionário para novos membros do governo que foi recentemente aprovado, António Costa voltou a realçar que não se aplica aos atuais governantes, até porque cada um deles já "respondeu por si, de forma não formal", dada a decisão ter sido tomada em Conselho de Ministros.

Face à greve dos professores que decorre há semanas, sinalizou que o governo está disponível para a negociar e que há três objetivos de grande importância: "fixar, aproximar e vincular". O atual líder do executivo reforçou ainda que 90% dos professores já "progrediram dois níveis" desde a sua entrada em funções neste cargo.

À última questão da entrevista, que se centrou nos comentários do Presidente da República sobre a importância das eleições europeias de 2024, Costa referiu que "esta é uma legislatura para durar quatro anos" e que "os portugueses foram muito claros e disseram que queriam estabilidade". Ainda assim, admite a importância das eleições europeias, que "não devem ser postas de parte" e afirmou esperar que o Partido Socialista saia vencedor.

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