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Número de famílias portuguesas aumenta mas a composição do agregado diminui

O número de famílias portuguesas tem aumentado, mas estas são cada vez mais pequenas, pois a maioria dos agregados familiares tem apenas um filho. Cerca de um terço dos indivíduos dos 15 aos 64 anos empregados, com filhos com menos de 15 anos, recorre a s

10 de Maio de 2007 às 16:00
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O número de famílias portuguesas tem aumentado, mas estas são cada vez mais pequenas, pois a maioria dos agregados familiares tem apenas um filho. Cerca de um terço dos indivíduos dos 15 aos 64 anos empregados, com filhos com menos de 15 anos, recorre a serviços de apoio a crianças.

Por outro lado, a utilização de tecnologias de informação e comunicação tem sido crescente por parte dos agregados familiares. São estas as principais conclusões dos últimos indicadores sobre as famílias em Portugal, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o Inquérito ao Emprego, o número de famílias residentes em Portugal aumentou de 3.483.800 em 1999 para 3.839.300 em 2006. Este incremento foi influenciado pelo acréscimo do número de famílias constituídas por uma e por duas pessoas. Esse facto, de par com a redução do número de famílias com quatro ou mais pessoas, contribuiu para a redução da dimensão média da família – que passou de 2,9 para 2,8 pessoas por família naquele período de análise.

Em 2006, as dimensões mais expressivas continuaram a concentrar-se nas famílias de duas pessoas (28,9%) e de três pessoas (27,1%). No entanto, verificou-se um aumento da importância relativa do número de famílias com uma e duas pessoas, que passou de 41,1% em 1999 para 45,7% em 2006.

A situação mais comum manteve-se nos casais com filhos (com ou sem outros parentes), que representavam 46,8% do total de agregados familiares em 2006, apesar de se ter registado um ligeiro decréscimo do seu peso relativo. Verificou-se um aumento das proporções relativas a agregados familiares de uma só pessoa, a casais sem filhos e a agregados monoparentais, que em 2006 representavam 16,8%, 21,8% e 8%, respectivamente. Os agregados familiares monoparentais continuam a ser maioritariamente constituídos por mães com filhos, de acordo com os dados do INE.

Em 2006, 57,3% dos agregados familiares tinham filhos. A proporção de agregados familiares com filhos diminuiu 3,8 pontos percentuais de 1999 para 2006, sobretudo devido à quebra de 2,2 pontos percentuais dos agregados com dois filhos e de 1,0 ponto percentual dos agregados com três filhos. A proporção de agregados com apenas um filho (32,0% do total de agregados familiares) manteve-se como a mais elevada, seguida da de dois filhos (20,3%).

Recurso a serviços de apoio a crianças

De acordo com os resultados obtidos no módulo ad hoc do Inquérito ao Emprego de 2005 "Conciliação da Vida Profissional com a Vida Familiar", cerca de 34% dos indivíduos (com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos de idade), empregados e com pelo menos um filho com menos de 15 anos no agregado familiar, utiliza serviços de apoio a crianças, incluindo amas remuneradas e a pré-escola, para assegurar o cuidado aos filhos enquanto trabalham.

Verificou-se ainda uma significativa percentagem de indivíduos que recorre a familiares, vizinhos ou amigos, para o mesmo efeito (23,6%) ou em que o cônjuge/companheiro assegura essa tarefa (13,8%).

Alterações demográficas

As alterações nos padrões de nupcialidade, divorcialidade e fecundidade, bem como o aumento da esperança de vida, com o consequente envelhecimento da população portuguesa, ajudam a compreender as mudanças registadas na dimensão, composição e estrutura das famílias.

No período entre 1994 e 2005, a taxa de nupcialidade diminuiu, passando de 6,6 casamentos por mil habitantes em 1994 para 4,6 em 2005, valor ligeiramente abaixo da média da UE25, para o mesmo ano (4,8‰).

Além da redução do número de casamentos, assistiu-se ao retardar da idade ao primeiro casamento, alterando-se de 26,7 anos nos homens e de 24,8 anos nas mulheres, em 1994, para os 28,9 anos e 27,3 anos, respectivamente, em 2005.

Paralelamente assistiu-se ao aumento da taxa de divorcialidade, cujo valor passou de 1,4 divórcios por mil habitantes para 2,1 entre 1994 e 2005. O valor para Portugal ultrapassou em uma décima a média da UE25, que em 2005 registou uma taxa de 2,0 divórcios por mil habitantes.

O Índice Sintético de Fecundidade manteve-se entre 1994 e 2005 em 1,4 crianças por mulher, ligeiramente abaixo da média da UE25 (1,5). Simultaneamente, a idade média ao nascimento do primeiro filho passou de 25,4 para 27,8 anos, no mesmo período.

População a envelhecer

Em Portugal, entre 1994 e 2005, a esperança média de vida à nascença aumentou 3 anos nos homens e 2,4 anos nas mulheres, situando-se em 2005 nos 74,9 anos e 81,4 anos, respectivamente.

A conjugação da descida dos valores da fecundidade com o aumento da esperança de vida conduziu a que, entre 1994 e 2005, o Índice de Envelhecimento tenha aumentado de cerca de 82 para cerca de 110 idosos por cada 100 jovens.

Maior utilização das tecnologias da informação e comunicação

No primeiro trimestre de 2006, 45,4% dos agregados domésticos possuíam computador - 35,2% dispunham de ligação à Internet em casa. Segundo o INE, a proporção de agregados com computador e Internet tem vindo a aumentar: face a 2002, observa-se um crescimento anual médio de 25,2% na existência de ligação à Internet a partir de casa e de 15,7% na posse de computador.

Para 82,2% dos agregados domésticos com acesso à Internet, o computador pessoal (desktop ou portátil) é o principal meio de ligação. O telemóvel constitui-se como meio de acesso para 42,3% dos que se ligam à Internet.

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