O total de desempregados na Alemanha recuou em Março em cerca de oito mil, registando a primeira descida em 15 meses e sugerindo que o mercado de trabalho está a estabilizar na maior economia da Zona Euro.

Na Alemanha Ocidental, que representa cerca de 94% do produto interno bruto (PIB) germânico, o número de desempregados recuou em cinco mil face a Fevereiro, em termos ajustados, enquanto na antiga Alemanha de Leste esta diminuição cifrou-se nos três mil.

Com esta evolução, o total de desempregados na Alemanha passou para os 4,156 milhões de pessoas, face aos 4,298 milhões registados no mês anterior, adiantou hoje fonte do SPD, o partido que está no poder na Alemanha, citada pelas agências internacionais.

Apesar da diminuição verificada no número de desempregados, a taxa de desemprego na Alemanha permaneceu inalterada em Março nos 8,1%, de acordo com os critérios da União Europeia, segundo a mesma fonte. Os dados oficiais serão divulgados ainda hoje pelo instituto federal de estatísticas germânico.

Inflação alemã acelera em Março

O índice de preços no consumidor (IPC) da Alemanha acelerou em Março para os 1,8%, face aos 1,7% verificados no mês anterior, adiantou hoje o instituto de estatísticas germânico.

Relativamente a Fevereiro, os preços no consumidor apresentaram um incremento de 0,2%, segundo os dados revistos da instituição, que foram em linha com a estimativa preliminar divulgada a 25 de Março.

Esta subida esteve relacionada com o aumento dos preços dos combustíveis, que já levou a inflação da Zona Euro a interromper a tendência descendente que vinha apresentando desde o início do ano.

Em Março, a inflação europeia acelerou para os 2,5%, face aos 2,4% de Fevereiro. Caso se mantenha esta tendência, os analistas acrditam que o Banco Central Europeu (BCE) poderá optar por subir as taxas de juro, na tentativa de conter as pressões inflacionistas.