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Novas sanções da UE contra Moscovo limitam comércio de diamantes russos

Os Estados Unidos também anunciaram mais de 300 novas sanções contra "indivíduos, organizações, navios e aviões" em toda a Europa, Médio Oriente e Ásia.

STEPHANIE LECOCQ
19 de Maio de 2023 às 07:49
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A União Europeia (UE) vai "limitar o comércio de diamantes russos" como parte das sanções contra Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia, anunciou esta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na cimeira do bloco G7, no Japão.

"Os diamantes russos não são para sempre", disse, com ironia, Michel à imprensa em Hiroshima, confirmando uma medida da União Europeia que visa "desligar a Rússia dos seus financiadores".

O presidente do Conselho Europeu garantiu que a UE está empenhada em "fechar a porta às lacunas legais" de que o Kremlin se está a aproveitar para "continuar a atiçar a chama da guerra na Ucrânia".

Horas antes, também o Reino Unido tinha divulgado novas medidas visando o setor de mineração da Rússia, incluindo o comércio de diamantes, que rende a Moscovo milhares de milhões de dólares todos os anos.

Londres vai impor ainda restrições a vários metais de origem russa, especificamente cobre, alumínio e níquel, além de estar a preparar uma nova ronda de sanções a 86 indivíduos e empresas ligadas ao Presidente russo, Vladimir Putin, e à indústria militar russa.

A Rússia exportou quase cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) em diamantes em 2021, de acordo com o Observatório de Complexidade Económica, um portal de dados de comércio internacional criado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Os Emirados Árabes Unidos, a Índia e a Bélgica, que é membro da UE, estão entre os principais importadores.

O responsável da UE sublinhou que a adesão da Índia seria fundamental para garantir o impacto de sanções nesta área. A Índia também mantém estreitos laços militares com a Rússia e nunca condenou a invasão de Moscovo à Ucrânia.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi convidado para a cimeira de Hiroshima juntamente com os líderes de outras grandes economias em desenvolvimento.

Também hoje, os Estados Unidos anunciaram novas sanções para impedir que "aproximadamente 70 entidades na Rússia e em outros países recebam mercadorias exportadas dos EUA, adicionando-as à lista negra do Departamento de Comércio".

Um dirigente norte-americano disse à agência France-Presse que serão impostas mais de 300 novas sanções contra "indivíduos, organizações, navios e aviões" em toda a Europa, Médio Oriente e Ásia.
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