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Diamantes russos na mira das sanções dos países do G7

Devido à covid-19, Angola reduziu este ano a sua produção de diamantes para 8,5 milhões de quilates.
DR
18 de Maio de 2023 às 10:59
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Os líderes dos países do G7, que estarão reunidos numa cimeira em Hiroshima, vão discutir sanções contra o comércio de diamantes da Rússia, que movimenta vários milhares de milhões de dólares anualmente, declarou esta quinta-feira um responsável da União Europeia.

"Pensámos que é preciso limitar as exportações russas neste setor", afirmou o responsável da UE, acrescentando, entretanto, que é improvável que o G7 chegue a um acordo final nesta cimeira, que acontecerá entre a sexta-feira e o domingo, na cidade japonesa de Hiroshima.

A Rússia exportou quase cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) em diamantes em 2021, de acordo com o Observatório de Complexidade Económica, um portal de dados de comércio internacional criado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês). Os Emirados Árabes Unidos, a Índia e a Bélgica, que é membro da UE, estão entre os principais importadores.

O responsável da UE sublinhou que a adesão da Índia seria fundamental para garantir o impacto de qualquer regime de sanções nesta área. "Gostaríamos de desenvolver um diálogo [com os indianos], porque a indústria de diamantes é muito importante na Índia, não necessariamente em termos de números, mas em termos de política e simbolismo", acrescentou a fonte.

A Índia também mantém estreitos laços militares com a Rússia e nunca condenou a invasão de Moscovo à Ucrânia, que aconteceu em 24 de fevereiro de 2022.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi convidado para a cimeira de Hiroshima juntamente com os líderes de outras grandes economias em desenvolvimento.

Os países do G7 [grupo formado pelo Reino Unido, França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Itália - a UE também tem representação no grupo] - impuseram sanções sem precedentes à Rússia no ano passado, mas foram cautelosos em áreas que poderiam prejudicar as economias europeias que ainda se recuperam da pandemia da covid-19.
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